Quando falamos sobre as contas do cartão de crédito, o pagamento mínimo da fatura é um assunto que pode gerar dúvidas. Inclusive se é um método que realmente vale a pena para os consumidores.
Normalmente, essa é uma alternativa buscada por pessoas que, por algum motivo, não conseguem acertar totalmente o valor que está em aberto. Dessa forma, evitam começar uma bola de neve de problemas financeiros.
Vamos ajudar você a entender um pouco mais sobre essa possibilidade neste conteúdo. Confira!
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Como funciona o pagamento mínimo da fatura?
Resumidamente, o pagamento mínimo da fatura diz respeito à menor quantia que você pode pagar sem ficar em atraso com a sua instituição financeira. Ao fazer o acerto entre esse mínimo e o total, o valor restante será lançado no mês seguinte com juros e impostos.
Até julho de 2018, essa parcela mínima estava limitada a 15%. Após novas regulamentações do Banco Central, ficou decidido que o banco pode estipular um percentual maior ou menor. A análise depende do perfil do cliente, do produto ou do risco da operação.
Esse caminho é recomendado apenas se você precisa de tempo para quitar o valor e tem mais segurança de que conseguirá resolver essa pendência em um futuro próximo. Assim, em situações de emergência, você evita que o seu nome seja enviado aos órgãos de proteção ao crédito ou que seu cartão seja bloqueado.
Caso contrário, essa pode não ser uma alternativa interessante. O motivo é que esse pagamento compromete o seu limite, uma vez que os bancos geralmente liberam créditos referente apenas à parte paga.
Além disso, os juros que incidirão sobre a quantia em aberto podem acabar “restituindo” boa parte do mínimo que foi pago. Dessa forma, você fica com a sensação de que não adiantou muito ter feito esse acerto.
Também vale pontuar que, no mês seguinte, se você não tiver condições novamente de pagar a totalidade, precisará negociar um parcelamento com o banco. Afinal, o Banco Central proíbe o uso do pagamento mínimo da fatura em meses consecutivos.
Essa proibição é uma forma de proteger o consumidor de uma dívida impagável devido ao custo alto do crédito rotativo, ou seja, aquele gerado quando você paga o mínimo da fatura. Infelizmente, ele é um dos maiores do mercado, chegando a mais de 300% ao ano, dependendo da instituição financeira.
Pagamento mínimo da fatura ou parcelamento da fatura: existe diferença?
Outra modalidade de crédito fornecida pelas instituições financeiras é o chamado parcelamento do saldo devedor da fatura.
Nesse caso, o saldo do cartão é parcelado como se fosse um empréstimo, tendo uma taxa de juros própria (normalmente, menor que a do crédito rotativo). Dessa forma, a quantia em aberto pode ser paga em um prazo mais longo.
Aqui, vale ressaltar que o limite total fica bloqueado e só é liberado aos poucos, conforme as parcelas são pagas. E, caso o consumidor atrase uma delas, o crédito poderá ser cancelado.
Um ponto importante de atenção é que, à medida que você libera limite, esse saldo fica disponível para ser usado em compras. Portanto, suas próximas faturas virão normalmente, incluindo esses novos valores, mesmo que você ainda esteja quitando o parcelamento das anteriores.
Por isso, é importante fazer uma análise minuciosa da sua situação financeira antes de optar por uma das duas modalidades.
Então, o pagamento mínimo da fatura pode ser bom?
De forma resumida, o pagamento mínimo da fatura só é recomendado, conforme apontamos, se você souber que terá o valor para quitar a parcela do mês seguinte. Caso contrário, o parcelamento é a opção mais indicada, pois seus juros são menores.
Também é interessante pontuar que é preciso muito cuidado ao migrar de uma alternativa para outra. Afinal, além dos juros do crédito rotativo, você terá que incluir os juros do parcelamento.
De modo geral, se você está em dúvida entre uma dessas opções, isso quer dizer que, por algum motivo, não conseguiu — ou já sabe que provavelmente não irá conseguir — pagar o valor total da fatura do cartão de crédito.
Então, antes de mais nada, é importante entender que esse é um sinal de alerta: chegou a hora de refletir por que isso aconteceu e traçar um plano de ação para sair dessa situação.
O mais indicado é sempre acertar o valor cheio
Para concluir, queremos reforçar que o melhor caminho é sempre se organizar financeiramente para conseguir pagar o valor total das suas faturas de cartão de crédito.
Monte um planejamento que contemple não só as suas entradas e saídas, mas também alternativas para momentos de falta de dinheiro devido aos imprevistos. Por exemplo, uma quantia que ficará investida e separada apenas para essas urgências, pode ser uma grande aliada.
Isso, claro, sem se esquecer da importância de utilizar o seu cartão de crédito com consciência. Esse é o jeito ideal de reduzir as chances de precisar renegociar ou postergar os seus pagamentos, gerando muitas dores de cabeça.
Algumas dicas interessantes:
- Faça uma lista com todas as suas despesas fixas e variáveis mensais, planejando seus gastos com cuidado;
- Liste suas fontes de renda para ter a noção exata do seu faturamento;
- Não use seu cartão de crédito caso não tenha planejado uma nova aquisição, evitando compras por impulso;
- Procure concentrar as transações em um único lugar para facilitar o controle;
- Evite utilizar seu cartão até pagar todas as suas dívidas.
No fim, a gestão do seu dinheiro é um cuidado gratuito e que, ao ser constante, previne muitos problemas futuros.
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