Quando você ouve falar sobre endividamento, certamente pensa em algo ruim, não é mesmo? E não é para menos: infelizmente, esse é um assunto que preocupa boa parte dos brasileiros.
Em setembro de 2022, o índice de famílias endividadas no Brasil atingiu um novo recorde e chegou a 79,3%, de acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Mas a gente não pode confundir as coisas: apesar de esse número tão alto acender um sinal de alerta sobre a situação financeira da população, o endividamento em si não é sempre ruim. Quer entender o porquê? É o que vamos explicar neste conteúdo.
Afinal, o que é endividamento?
Estar endividado é o mesmo que ter uma dívida. Pode ser a prestação de uma compra, a parcela de um empréstimo ou as faturas do cartão de crédito que vão vencer nos próximos meses, por exemplo.
Então, o endividamento indica que a renda de um consumidor, pessoa física ou jurídica, está comprometida em um determinado período. Isso não significa que os acertos não estejam sendo pontuais.
E por que estamos dizendo isso? Muita gente confunde “endividamento” com “inadimplência”, que é quando os pagamentos de uma dívida estão atrasados — o que deixa a situação cada vez mais complicada.
Em outras palavras, a partir do momento que você tem prestações, parcelas de empréstimo, financiamento e carnês, por exemplo, você já é considerada uma pessoa endividada. Portanto, precisa se planejar para conseguir deixar todas as contas em dia.
E é justamente neste ponto que mora o problema. Quando têm mais facilidade de acesso a crédito, muitos consumidores acabam optando por financiar suas compras sem se preocupar em como pagarão no futuro. Essa falta de controle do orçamento é o que leva ao endividamento excessivo — e este, sim, é ruim.
Mas vamos falar mais sobre esse assunto nos próximos tópicos. Por enquanto, é interessante saber que as pessoas se endividam por inúmeras razões e nem todas representam um desequilíbrio na saúde financeira.
Então é verdade que nem todo endividamento é ruim?
Isso mesmo! Todos nós somos consumidores de crédito e, portanto, em algum momento da nossa trajetória financeira teremos dívidas para pagar.
Inclusive, essa pode ser uma alternativa interessante para conseguirmos atingir objetivos pessoais ou do negócio.
Por meio do crédito, é possível investir no crescimento da sua empresa, quitar dívidas mais caras (como as de um crédito rotativo, por exemplo) e até levantar capital de giro para períodos mais delicados do empreendimento.
Além disso, muitas pessoas precisam se endividar devido a imprevistos, como doenças, acidentes, desemprego, morte ou separação. É o que se chama endividamento passivo.
Existem outros dois tipos: o endividamento ativo, que é quando o consumidor assume dívidas constantes de forma consciente; e o superendividamento, que são os gastos que fogem do controle do orçamento.
No fim, o mais importante é que as receitas e as despesas estejam equilibradas. Isso é considerado um endividamento saudável.
O problema começa a aparecer quando a proporção de contas aumenta a ponto de não se ter dinheiro suficiente para realizar os pagamentos até o vencimento.
A partir daí, a bola de neve começa a se formar, já que os juros vão aumentando conforme o tempo passa e as dívidas não são acertadas.
Como posso evitar o endividamento excessivo?
Segundo a Justiça, os consumidores não deveriam comprometer mais de 30% da renda mensal com financiamentos (crédito em geral). Esse é um jeito de proteger pessoas físicas e jurídicas de entrarem em situação de inadimplência.
Esse valor é um parâmetro interessante. Contudo, vale ressaltar que quem deve definir o limite de endividamento saudável é você, acompanhando seu orçamento de perto.
Pensando nisso, olha só as dicas que separamos:
Tenha cuidado com hábitos que prejudicam as suas finanças
Fazer compras excessivas e desnecessárias, usar cartões de crédito e cheques especiais sem controle e adquirir produtos e serviços “no calor do momento” são algumas das atitudes que prejudicam a sua saúde financeira no curto e longo prazo.
Portanto, pense sempre com muito cuidado antes de fazer qualquer investimento. Reflita principalmente se você terá condições de acertar o valor no prazo necessário.
Acompanhe as suas dívidas de perto
No seu planejamento financeiro, vale a pena ter uma planilha com todas as suas contas, organizadas dos juros mais altos aos mais baixos, ou do maior ao menor prazo de quitação.
Dessa forma, você não perde o controle de nenhuma dívida e consegue se organizar para pagar todas elas sem aumentar o valor das parcelas.
Contrate apenas créditos saudáveis
Isso significa evitar modalidades com taxas de juros abusivas, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito. Essas modalidades fazem o valor da dívida crescer mais rapidamente, o que pode facilitar a perda do controle do orçamento.
Lembre-se de pesquisar detalhadamente e com cautela as opções disponíveis e as melhores taxas. Quanto menor ela for, menor será a prestação a pagar, considerando o mesmo número de parcelas.
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Se necessário, renegocie suas dívidas com os credores
Caso você esteja entrando em uma situação complicada, entre em contato com os credores para buscar um acordo que seja interessante para ambas as partes. Não se esqueça, claro, de prestar bastante atenção nas condições.
Considere a portabilidade do crédito
Dependendo do tipo da dívida, é possível transferi-la para uma instituição financeira que cobre juros menores, aumentando as chances de você quitá-la o mais rápido possível.
É o que chamamos de portabilidade, ou seja, essa possibilidade de trocar o seu credor. Esse é outro ponto importante para analisar na hora de escolher os seus empréstimos.
Construa uma reserva para evitar problemas futuros
Mais do que guardar parte do seu dinheiro para imprevistos, pode ser interessante pesquisar e estudar sobre investimentos que valem a pena.
Hoje em dia, é possível fazer aplicações com quantias pequenas. Assim, a sua poupança rende com o passar dos anos e garante que você não entre em situação de inadimplência quando precisar resgatar os valores.
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O planejamento financeiro é sempre a melhor forma de evitar que você e a sua empresa entrem em endividamento excessivo. Pense nisso!
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