Oferecer serviços como freelancer é possível para profissionais de diversas áreas. E, para quem empreende, contratar freelancers é uma solução para terceirizar atividades da empresa. Mas, o que faz um freelancer, afinal?
Na prática, o termo é relacionado à forma de trabalho desse tipo de profissional. Nesse sentido, não existe um vínculo empregatício regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Se você quer saber mais sobre o que faz um freelancer, seja para atuar na modalidade ou contratar profissionais para o seu negócio, confira o conteúdo que preparamos.
O que faz um freelancer?
Como adiantamos, o formato de trabalho freelancer é caracterizado pela ausência de vínculo empregatício.
Sendo assim, questões como remuneração, prazos, obrigações das partes, etc., devem ser definidas num contrato de prestação de serviço.
Além disso, o freelancer pode atuar como pessoa física ou abrir um CNPJ para trabalhar como pessoa jurídica (PJ). Ele pode ainda fazer projetos pontuais ou fechar contratos mais longos (de seis meses, um ano, etc.).
Na prática, o freelancer atua em atividades que não exigem dedicação exclusiva e podem ser realizadas de forma autônoma, sem interferência ou supervisão do contratante.
Inclusive, esse formato permite atender vários clientes simultaneamente. Além disso, é possível determinar os próprios horários de trabalho. Dá até para atuar remotamente, dependendo das atividades prestadas.
Um freelancer de design gráfico, por exemplo, pode executar e entregar seus trabalhos online, sem ter que se deslocar até o contratante. Já um profissional de fotografia precisará ir até os locais onde executará seus serviços.
Leia mais | Contrato de prestação de serviço: aprenda a fazer o seu sem erro
Veja algumas dicas para contratar um freelancer:
Quais são as etapas do trabalho de um freelancer?
Para explicar melhor o que faz um freelancer, abaixo você confere as etapas que esse tipo de trabalho costuma incluir:
Definição do projeto ou tarefa
O cliente define o projeto ou tarefa que o freelancer executará. Por exemplo: criação de 12 posts para o Instagram da empresa X. Ou: desenvolvimento de um website para a marca Y.
Nessa primeira etapa, o freelancer e o cliente combinam o valor do serviço, prazo de execução, forma de entrega, etc. Todos esses pontos deverão ser incluídos no contrato de prestação de serviço.
Assinatura do contrato e início do trabalho
Após a assinatura do contrato, o profissional dá início ao projeto ou tarefa, conforme as condições acordadas.
Entrega do serviço
Ao fim do prazo combinado, o freelancer conclui o serviço e faz a entrega formal ao cliente. Nessa etapa, o cliente pode solicitar ajustes, se isso for previsto no contrato.
Em serviços recorrentes (em que uma entrega é feita todo mês, por exemplo), a prestação segue durante o prazo definido no contrato.
Como o freelancer recebe por seus serviços?
O pagamento pode ser feito na contratação do serviço, após a entrega ou dividido, uma parte na contratação e outra na entrega. Isso depende da negociação entre as partes, devendo ser especificado no contrato.
Além disso, o meio de pagamento também deve ser acordado. Por exemplo, pagamento por boleto, link de pagamento ou via Pix.
Leia mais | Como receber pagamentos na conta PJ?
Quais trabalhos um freelancer pode oferecer?
Como não existe uma definição de freelancer na legislação brasileira, praticamente qualquer profissão que permita atuar de forma independente pode ser exercida no modelo freelancer.
Porém, o termo costuma ser mais utilizado para atividades relacionadas a tecnologia, mídias digitais e internet. Veja alguns exemplos de setores para trabalhar como freelancer ou contratar um:
- Desenvolvimento (de sites, lojas virtuais, aplicativos, software, etc.);
- Design;
- Vendas;
- Tradução;
- Redação de conteúdo e copywriting;
- Edição de vídeo;
- UX/UI design;
- Social media;
- Gestão de projetos;
- Gestão de tráfego;
- Gerenciamento de produto;
- Marketing digital.
Trabalhos freelancer em alta
Uma pesquisa da plataforma Freelancer.com apontou quais vagas de freelancer tiveram um aumento de demanda em 2023.
O levantamento comparou mais de 280 mil postagens de vagas entre abril e julho desse ano, em relação ao trimestre anterior. Confira o resultado:
- Escrita criativa: aumento de 58%;
- Design de interface do usuário: até 52%;
- Marketing para Twitter: aumento de 41%;
- Fotografia: aumento de 40%;
- Redator: aumento de 38%.
O que é preciso para ser um freelancer?
Os requisitos para ser um freelancer dependem dos serviços que serão oferecidos. Portanto, nem sempre é necessário ter formação superior.
Um advogado freelancer, por exemplo, precisa ter a graduação em Direito e o registro na OAB.
Já um editor de vídeo freelancer pode ser autodidata ou ter apenas cursos livres no currículo, já que a atividade não exige uma formação específica.
Mas, tirando a questão acadêmica, existem alguns passos fundamentais para ser um freelancer:
Cuidar da burocracia
Como foi citado, um freelancer pode atuar como pessoa física ou jurídica. Na primeira opção, é necessário fazer as contribuições à Previdência Social, além de declarar os rendimentos como pessoa física à Receita Federal.
Para ser um freelancer PJ, existem duas opções principais de natureza jurídica (tipo de CNPJ): MEI e Sociedade Limitada Unipessoal (SLU).
O MEI não tem custos de abertura e paga um valor fixo de imposto por mês (que inclui a contribuição previdenciária). Porém, esse tipo de empresa só pode faturar até R$ 81 mil por mês, e tem um lista de atividades permitidas.
Já a SLU pode se enquadrar como microempresa (ME). Nesse enquadramento, o limite de faturamento anual é de até R$ 360 mil.
Além disso, a SLU é uma alternativa para atividades que não podem ser exercidas como MEI (tradutor, consultor, contador, etc.).
De todo modo, ter um CNPJ facilita a emissão de notas fiscais, sem falar no acesso a produtos financeiros para empresas, como uma conta PJ.
Descomplicada, sem taxas abusivas, sem burocracia e com atendimento ágil pelo aplicativo.
Divulgar os serviços e captar clientes
Com a burocracia resolvida, é hora de divulgar os serviços como freelancer para conseguir clientes. Entre os canais que o profissional pode usar para essa divulgação, temos:
- Plataformas que conectam clientes e freelancers, como Workana, Trampos e GetNinjas;
- LinkedIn, rede social focada em negócios e empregos;
- Site ou blog próprio;
- Redes sociais como Instagram, TikTok e YouTube.
Ter um portfólio
O portfólio é um conjunto de amostras de trabalhos do freelancer. Ele serve para os clientes conhecerem a qualidade dos serviços do profissional.
Existem, inclusive, plataformas específicas para a criação de portfólios, como Journo Portfolio, Behance e Medium.
Quando a empresa pode contratar um freelancer?
Contratar um freelancer pode reduzir custos para o negócio, comparando à admissão de um funcionário pela CLT.
Afinal, o freelancer recebe apenas a remuneração definida no contrato de prestação de serviço, eliminando custos trabalhistas.
Porém, somente atividades que podem ser realizadas de forma autônoma, sem exclusividade ou subordinação, permitem essa modalidade.
Pois, se a atuação do freelancer caracterizar um vínculo trabalhista, a empresa pode ser acionada judicialmente.
Portanto, o negócio pode contratar um freelancer para atividades que exigem somente o controle das entregas.
Imagine que uma empresa X decide intensificar sua presença nas redes sociais. Porém, o time interno não pode assumir esse projeto, por falta de tempo e conhecimento.
Nesse caso, contratar uma pessoa social media freelancer seria possível, mesmo com a prestação contínua dos serviços.
Isso porque o trabalho pode ser realizado de forma independente, sem controle de horários ou exclusividade.
Esperamos que o artigo tenha solucionado suas dúvidas sobre o trabalho do freelancer. Ah, freelancers PJ podem aproveitar as facilidades da conta Cora, não deixe de conferir. Até a próxima!