Precificar os nossos serviços sempre envolve muito mais do que matemática. Quando se é professor, para decidir quanto cobrar por aula particular, é preciso considerar diversos pontos como deslocamento, a sua experiência com o que será ensinado, além de muitas outras questões, digamos, burocráticas.
Não existe uma tabela fixa, que determina o valor da hora-aula. No entanto, há maneiras de entender quanto vale o seu serviço e como você pode repassá-lo da melhor maneira para o seu cliente.
Neste post conversaremos exatamente sobre como fazer um orçamento para aulas e como você pode montar a tabela de preços sem erros e de forma prática. Confira!
4 fatores para considerar ao definir o preço das suas aulas
Não vamos ainda considerar o tipo de aula que você vai oferecer e o método de ensino que será aplicado.
Há alguns fatores que precisam ser considerados e ajudam a melhorar sua experiência com os clientes, de forma que você ofereça o melhor serviço e seja pago de forma justa por isso, sem exploração.
Destacamos os quatro que consideramos mais essenciais nessa precificação.
1 – Localização
Cada localidade possui uma realidade diferente e você pode adaptar isso à sua tabela de preços.
Na hora de criar a sua tabela de hora-aula, tenha sempre uma margem que pode ser adaptada, considerando o bairro e a cidade onde mora o aluno.
2 – Deslocamento
Quando você define qual o valor de uma aula, certamente inclui os custos de deslocamento, que podem ser por metrô, ônibus ou carro – cobrando o equivalente do combustível.
Essa realmente é uma prática necessária, mas além do preço da “passagem”, você ainda precisa considerar outros valores que devem ser incluídos nos seus pacotes de aulas.
Contabilize também o tempo que você gasta pelo deslocamento. Se é uma distância que levará um tempo maior para chegar, isso deve ser contabilizado no valor da aula. Considere uma porcentagem pequena para esse tempo.
Também leve em consideração possíveis gastos com estacionamento. Mesmo que você tenha a oportunidade de estacionar gratuitamente, em algum momento pode haver um imprevisto.
3 – Aluguel de espaço
Principalmente os professores que trabalham com aula online, as chances de precisar de um espaço especial para atender os alunos são grandes.
Além de incluir o deslocamento para esses locais, seja um escritório ou coworking, o aluguel do espaço deve entrar na sua contabilidade como custo fixo mensal e, consequentemente, aplicado o valor das aulas.
4 – Consumos mensais
Mais acima você viu dois pontos que são gastos variáveis e cobrado um valor conforme a necessidade de cada aluno.
No item acima, já consideramos um gasto mensal fixo. Só que além do aluguel do espaço, você deve levar em consideração outros consumos na sua precificação, como:
- conta de energia;
- alimentação;
- internet;
- conta de celular;
- materiais didáticos como lousa, pincéis, tintas, papéis, etc;
- instrumentos necessários para aula – inclua o valor do produto e das manutenções;
- terceirização de serviço, entre outros.
Os itens acima devem ser considerados integralmente caso você trabalhe em um escritório. Se você recebe alunos em sua casa ou dá aulas online direto da sua residência, pode considerar uma porcentagem sobre cada uma das contas acima. O indicado é calcular aproximadamente 30% do valor.
Leia mais | Como fazer um orçamento: passo a passo simplificado
Preço e valor: entenda o quanto você vale para o mercado
Ao considerar quanto custa uma aula particular e como cobrar por ela, um entendimento é imprescindível: saber quanto você vale para o mercado.
Cobrar por serviços terceirizados precisa ir um pouco além de cálculos matemáticos. Lembra quando falamos sobre experiência e metodologia no início do texto? É exatamente neste momento que você vai considerar esses dois pontos.
Sabendo quanto custa uma aula particular, levando em conta os gastos com logística e insumo, você precisará entender quanto cobrar também pelo seu diferencial, saber quanto você vale como professor particular.
Diplomas, certificados, especializações e toda experiência que eleve a qualidade de todo o processo deve entrar na lista em forma de porcentagem no preço das suas aulas.
Claro que não dá para saber quanto custou ao todo a sua formação, mas considere um valor médio que possa ser agregado na hora-aula.
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Como se profissionalizar como professor particular?
Para dar aulas particulares você não precisa ter um CNPJ. É possível atuar perfeitamente sem um registro na Receita Federal. No entanto, apesar de não ser uma obrigação legal, abrir uma empresa vai resguardar muito a sua atuação no mercado.
Além disso, sem uma empresa aberta, caso haja a necessidade da emissão de um recibo, o professor particular pode emitir um RPA (Recibo de Pagamento Autônomo).
Por outro lado, com um CNPJ, além de trabalhar conforme as legalidades da Receita Federal, você também tem outras vantagens, como crédito para equipamentos, cartões de crédito, além de uma conta empresarial para fazer uma gestão melhor dos seus ganhos.
Hoje, os pequenos profissionais podem atuar como Microempreendedores Individuais (MEI), que é uma modalidade de empresa com tributação simplificada e indicada para quem não atua em sociedade.
A conta Cora é um dos benefícios que você tem ao se profissionalizar como MEI. Você tem inúmeros serviços gratuitos e ilimitados, como boleto bancário, transferências via PIX e TED, um gestor financeiro para acompanhar as suas cobranças e muito mais.
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