Entender como calcular reajuste de contrato é muito importante para evitar prejuízos para o seu negócio.
Isso porque todos os anos os valores de produtos e serviços sofrem oscilações de acordo com a taxa de inflação. Diante da mudança dos preços, o reajuste é essencial para que os seus ganhos acompanhem o movimento econômico.
Para calcular o reajuste de forma correta e comunicar com transparência aos seus clientes sobre a alteração dos valores, é necessário entender quais índices podem ser utilizados e o que levar em conta neste momento. Dessa forma, nenhuma das partes se sente prejudicada, não é mesmo?
Para entender melhor sobre o assunto, a primeira dica é continuar a leitura deste artigo!
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Por que é importante fazer reajustes no contrato?
Apesar do reajuste ser algo “inconveniente” para o cliente, é fundamental para manter a gestão financeira de qualquer empresa sustentável.
É impossível evitar o fato de que, de tempos em tempos, os preços de matéria-prima, maquinários, mão de obra e outros aspectos que interferem no dia a dia de um negócio, irão aumentar.
Esse valor a mais precisa ser repassado ao cliente para que não haja prejuízo para as empresas. Caso o reajuste de contrato não seja realizado, a empresa pode começar a enfrentar dificuldades para pagar as suas próprias contas.
Pense o seguinte: em um cenário em que a inflação acumulada média do país é de 6% ao ano, ao longo de 3 anos, os contratos ficam defasados em cerca de 20%. É muita coisa, não é mesmo?
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Como calcular reajuste de contrato?
Realizar o reajuste de um contrato pode ser bem desafiador pelo receio de perder clientes ou de ser ultrapassado pela concorrência. Mas lembre-se de que se você oferecer um produto/serviço de qualidade e manter a coerência no aumento praticado, dificilmente ocorrerão grandes problemas.
É importante inserir uma cláusula sobre reajuste no contrato, sinalizando qual será o índice utilizado na atualização. Além de colocar o cliente na mesma página e evitar surpresas desagradáveis, é importante para evitar problemas jurídicos.
Para contratos administrativos, é necessário ter o valor do contrato, o indicador utilizado para reajustes e as datas do período que serão realizadas as alterações.
Normalmente, o IPCA ou o IGP-M são utilizados como índices de reajuste, mas vale conhecer também outros indicadores, como o INCC e o INPC, por exemplo.
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IPCA
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi criado em 1979 e, hoje em dia, é o índice de inflação mais importante do País. Calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem como objetivo medir a variação dos preços de um conjunto de serviços e produtos consumidos pela população brasileira
Todos os meses é feito um levantamento em determinadas áreas urbanas do Brasil, considerando cerca de 430 mil preços em 30 mil locais e levando em conta uma cesta de 377 produtos e serviços.
A partir disso, os preços são comparados com o mês anterior para se chegar a um único valor médio (ponderado) que reflete a variação geral do período analisado. É possível acompanhar o IPCA acumulado e os reajustes de contrato após 12 meses normalmente levam em consideração este percentual.
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IGP-M
O IGP-M, por sua vez, significa Índice Geral de Preços – Mercado e mede a motivação dos preços no País em diferentes atividades e em etapas distintas do processo produtivo.
Isso significa que não abrange apenas os preços que chegam ao consumidor final, mas também os valores ao longo de todo o processo.
Calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), é considerado um indicador do nível de atividade econômica, contemplando o custo de materiais, mão de obra, equipamentos e até alimentação e transporte.
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INCC
O INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), é uma das taxas mais importantes da construção civil e define os reajustes de valores de contratos de compra e venda de imóveis.
Este índice acompanha o aumento dos custos de insumos utilizados nas construções habitacionais. Ou seja, tem como objetivo calcular os custos com materiais de construção e mão de obra durante o projeto de um empreendimento.
Isso quer dizer que o financiamento imobiliário de empreendimentos na planta ou em construção repassa esse indicador para o comprador.
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INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor analisa a variação de valores de produtos e serviços para o consumidor final, mas a partir da perspectiva de famílias de baixa renda.
Assim como o IPCA, também é calculado pelo IBGE, porém, o foco é a medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento mensal médio de 1 a 5 salários mínimos.
Sendo assim, é utilizado para reajustar salários, corrigir valores de aposentadoria e definir o salário mínimo.
Lembrando que o IPCA é diferente porque engloba famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos.
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O que fazer no caso de índice negativo?
Dificilmente o indicador será negativo, ou seja, as chances são baixas de ocorrer registro de deflação (queda nos preços).
Mas, caso isso aconteça, há a possibilidade de não fazer o reajuste, mantendo o valor anteriormente combinado. Esse tipo de cenário também deve estar previsto no contrato para evitar desentendimentos.
3 dicas para fazer reajustes de contratos
Para finalizar, agora que você já sabe como calcular o reajuste de contrato, aqui vão algumas dicas sobre como lidar com o seu cliente na hora de fazer esse tipo de alteração, sempre pensando de evitar conflitos:
1. Comunique o cliente sobre o reajuste antes do mesmo ser cobrado
Por mais que a questão relacionada às alterações de valor esteja especificada no contrato, é importante comunicar o cliente antes da primeira cobrança do valor reajustado.
Dessa forma, você evita imprevistos e faz todos os alinhamentos necessários, reforçando qual índice foi utilizado para a alteração do preço e, se necessário, os custos envolvidos na execução do seu produto ou serviço que justificam o aumento.
2. Reforce os pontos positivos do seu produto/serviço
O momento de reajuste de contrato pode exigir certa argumentação para não perder o cliente.
Por isso, procure explorar os diferenciais e pontos positivos do seu serviço/produto para relembrar que o aumento é válido e justo.
3. Ofereça diferentes opções de pagamento
Por fim, uma última possibilidade para não perder o cliente, é oferecer diversas formas de pagamento para facilitar a aceitação do reajuste nos preços.
Gostou das dicas? Se você tem um negócio, já pode começar a se organizar para planejar os seus próximos reajustes de contrato reduzindo as chances de perder clientes. Até a próxima!
