Saber como calcular taxa de juros é fundamental para tomar decisões quando se fala em crédito.
Isso porque, a partir desse cálculo, você fica sabendo o valor a ser pago em um financiamento ou empréstimo, por exemplo.
Além disso, a taxa de juros permite simular o retorno de investimentos, algo muito útil na hora de escolher como aplicar seu dinheiro ou o da sua empresa.
Neste artigo, você vai aprender o que é e como calcular taxa de juros simples e compostos, sem complicação.
O que é a taxa de juros?
Os juros funcionam como a remuneração pelo empréstimo de determinada quantia de dinheiro.
Sendo assim, a taxa de juros é um percentual que determina quanto será pago de juros ao longo do tempo.
Por exemplo, quando você pega um empréstimo ou financiamento, o somatório das parcelas é maior que a quantia de dinheiro recebida ou valor do bem financiado, certo?
Desse modo, a taxa de juros é que determina quanto você vai pagar a mais, a título de remuneração a quem concedeu o crédito.
Da mesma forma, quando você faz uma aplicação financeira, recebe um valor maior do que o montante investido.
Logo, nesse caso, é você quem recebe juros como compensação por ter “emprestado” seu dinheiro.
Como é definida?
As taxas de juros são definidas pelas instituições financeiras a partir de critérios internos e da situação econômica geral do país.
Nesse sentido, um dos fatores que interferem nas taxas cobradas em operações de crédito é taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).
A Selic é a taxa básica de juros no Brasil, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Ela influencia todas as taxas de juros cobradas em linhas de crédito e investimentos no país.
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Como calcular taxa de juros simples?
Até aqui, já vimos que a taxa de juros serve para calcular quanto será devolvido em uma operação de crédito, além do valor tomado.
E a mesma lógica se aplica aos investimentos: a taxa de juros determina quanto você vai receber além do valor que investiu.
Porém, a aplicação dessa taxa pode se basear em dois regimes de capitalização: juros simples e juros compostos.
Logo, dependendo o regime adotado, o valor correspondente aos juros muda, ainda que se aplique a mesma taxa.
Nos juros simples, a taxa incide apenas sobre o capital inicial a cada período. Esse regime é utilizado em situações como o cálculo de impostos atrasados, multa e juros de boleto em atraso, e em alguns empréstimos e financiamentos.
Assim, a fórmula para calcular juros simples é J = C i t, onde J são os juros, C é o capital, i é a taxa de juros e t é o tempo.
Ou seja, J representa o montante somado ao valor inicial, o capital é a base de cálculo, a taxa de juros é o percentual aplicado sobre o capital e o tempo é prazo de capitalização.
Agora, vamos a um exemplo: um empréstimo de R$ 1000, com taxa de 10% ao mês, pago em 4 meses.
Primeiro, dividimos a taxa de juros por 100 para chegar um valor na forma decimal. Logo: 10/100 = 0,1. Substituindo os valores na fórmula temos:
Juros simples = 10000,14 = 400
Portanto, nessa operação, o valor dos juros corresponde a R$ 400, totalizando o pagamento de R$ 1.400 (valor tomado + juros).
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Como calcular taxa de juros compostos?
Os juros simples são os mais utilizados em operações financeiras, incluindo financiamentos, empréstimos, investimentos e crédito rotativo.
Nesse regime de capitalização, ocorrem os chamados juros sobre juros, já que a taxa incide sobre o capital inicial, mais os juros acumulados.
Desse modo, a fórmula para calcular juros compostos é M = C (1 + i)n, onde M é o montante, C é o capital inicial, i é a taxa de juros e n é o tempo (número de meses ou parcelas).
Então, usando aquele mesmo exemplo de um empréstimo de R$ 1000, como taxa de 10% ao mês, pago em 4 parcelas, chegaremos ao montante de R$ 1.464,10. Esse valor corresponde ao total que a pessoa pagará pelo empréstimo.
Na tabela abaixo, você confere os valores referentes ao capital e ao montante de juros em cada parcela:
| Parcela | Capital | Juros |
| 1 | R$ 1.000 | R$ 100 |
| 2 | R$ 1.100 | R$ 110 |
| 3 | R$ 1.210 | R$ 121 |
| 4 | R$ 1.331 | R$ 133, 10 |
Como a fórmula para calcular juros compostos é mais complexa, você pode utilizar uma calculadora científica, ou a Calculadora do Cidadão, do BCB (Banco Central do Brasil), para simular valores e fazer comparações.
O que é o CET (Custo Efetivo Total)?
O CET representa o valor total a ser pago em uma operação de crédito, incluindo juros, tarifas e impostos.
Pois, além da taxa de juros, um empréstimo ou financiamento costuma ter outros encargos, como impostos, seguros e taxas diversas.
Portanto, você deve considerar o CET de cada operação na hora de contratar um empréstimo empresarial, por exemplo.
Outro fator a avaliar é o sistema de amortização — forma como o valor principal da dívida vai sendo abatido das parcelas.
No Brasil, os dois sistemas de amortização mais utilizados são o SAC (Sistema de Amortização Constante) e a Tabela Price.
Como funcionam os juros do cartão de crédito?
O cartão de crédito funciona como um empréstimo, embora muita gente não o enxergue dessa forma.
Pois, quando você faz uma compra no cartão, está recebendo um crédito, para pagar só na data de vencimento da fatura, o que pode demorar até 40 dias.
Nesse sentido, se fizer o pagamento do valor total da fatura, até a data de vencimento, não existe a cobrança de juros. Isso vale para cartões de pessoa física e cartão de crédito PJ.
Porém, quando se paga um valor abaixo do total ou após a data de vencimento da fatura, são cobrados juros compostos, cujas taxas variam conforme a operadora.
Portanto, se usado com controle planejamento, o cartão de crédito para CNPJ pode ser uma alternativa para não pagar taxa de juros de antecipação de recebíveis, por exemplo.
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