Fazer a contabilidade de um consultório de dentista é essencial para entender se os negócios estão tendo lucratividade ou não. Na verdade, essa necessidade é para qualquer setor, mas é necessário levar em consideração as suas particularidades, com as da área odontológica.
Esse assunto tende a assustar muitos profissionais desta área, principalmente pelo fato de que as faculdades de odontologia não costumam tratá-lo durante a graduação. Sendo assim, aprende-se muito sobre o trabalho, mas nem tanto sobre como administrar uma empresa.
Como regras, leis e obrigações fiscais são essenciais independentemente da atividade que se exerce, o desafio fica em descobrir como cuidar de tudo e evitar problemas com a receita federal, além de ter que cuidar da gestão financeira do consultório, afinal, o dinheiro é necessário para pagar as contas e manter a clínica em pé.
Então, para que esse processo fique mais simples e fácil de executá-lo, este conteúdo vai te apresentar como fazer a contabilidade para dentista para acompanhar a atividade comercial e realizar a gestão de forma satisfatória, sendo possível economizar despesas com tributações e aumentar o lucro com a otimização dos gastos operacionais.
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O mercado de odontologia
Quando se olha para o mercado de odontologia no Brasil, enxerga-se um cenário de muitas possibilidades, principalmente pelo fato de que, além da importância para a saúde da população, é muito relevante para a economia brasileira.
Dito isso, considera-se que o mercado odontológico movimenta bilhões de reais. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), anualmente, o setor movimenta cerca de R$38 bilhões no Brasil, comprovando a força da área para a economia.
Ainda de acordo com os dados, a quantidade de cirurgiões dentistas, técnicos e auxiliares em saúde bucal no país ultrapassa a marca de 520 mil.
Isso tudo faz com que as chances de sucesso empreendendo nesta área sejam ainda mais promissoras. Porém, não se deve descuidar da contabilidade para evitar problemas e prejuízos.
Por que a contabilidade para dentista é importante?
É claro que nem toda pessoa empreendedora precisa saber tudo sobre contabilidade antes de montar um negócio, afinal, há profissionais qualificados para isso. No entanto, quando se decide empreender, é necessário entender que algumas obrigações fiscais são essenciais para o sucesso da empresa.
Antes mesmo de iniciar o processo de abertura de uma empresa, seja um consultório odontológico ou qualquer outra atividade comercial, deve-se ter em mente a necessidade de contratar um escritório de contabilidade para ajudar em todas as etapas, desde os alvarás e regimes tributários, até o planejamento tributário, impostos de renda e se manter em dia com a Receita Federal.
No entanto, diferente do que muitos possam pensar, a contabilidade para dentista não tem como única função o auxílio no pagamento de tributos, como o Imposto de Renda. Essa administração, quando bem feita, traz muitos outros benefícios para o empreendimento, como:
- Regularização, cumprimento e recolhimento das obrigações legais, evitando problemas futuros;
- Acompanhamento do fluxo de caixa, controlando receitas e despesas, e permitindo que as providências necessárias sejam tomadas com mais rapidez, quando necessárias;
- Análise dos resultados financeiros de forma produtiva e eficiente, auxiliando na adoção de novas estratégias de crescimento;
- Auxílio na precificação dos atendimentos e procedimentos realizados na clínica odontológica, garantindo que você tenha lucros;
- Organização de todas as burocracias que envolvem ter um negócio no Brasil.
Portanto, a contabilidade para dentista é que vai te ajudar a encontrar o caminho certo a seguir com sua clínica, obtendo lucro e custeando todas as despesas.
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7 dicas para fazer a contabilidade para dentista
Visto todas as informações acima, como a importância de se fazer a contabilidade para dentista e também porque contar com um contador profissional, agora é hora de conhecer as dicas para manter a saúde financeira da sua clínica odontológica bem saudável.
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1. Preste atenção nas obrigações fiscais e acessórias
Dentistas que escolheram atuar como pessoas jurídicas possuem algumas responsabilidades para manter a clínica funcionando dentro da legalidade. As principais são:
- Escrituração Contábil, que regula os atos administrativos;
- Emissão de notas fiscais para prestação de serviços;
- Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED);
- Folha de pagamento, referente aos funcionários do consultório.
Existem, também, as chamadas obrigações acessórias, informações fiscais que precisam ser entregues ao governo como prova do pagamento de impostos e demais obrigações. Algumas delas são: Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), SPED Fiscal ICMS/IPI, SPED Contribuições e Guia de Informação e Apuração do ICMS. Mas existem outras que dependem do seu tipo de clínica odontológica.
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2. Busque conhecimento de contabilidade para dentista
Conhecer a fundo tudo que envolve a contabilidade da sua clínica vai te ajudar a ter ainda mais sucesso na sua clínica. Mas, claro, isso não significa que se possa dispensar um profissional de contabilidade, pois, como já mencionado acima, ele é a pessoa mais indicada a te orientar sobre tudo relacionado às tributações e obrigações fiscais.
Porém, estudar sobre esses assuntos pode garantir ainda mais assertividade, inclusive conseguir conversar sobre possibilidades futuras com o contador.
3. Estude e escolha o melhor regime de tributação
Essa decisão é o que possibilita que você pague a menor carga tributária possível dentro da lei. No Brasil, existem três tipos de regimes tributários:
– Lucro Real: os tributos são calculados com base na lucratividade da empresa, fazendo com que a alíquota varie de mês para mês. É um caminho interessante para consultórios que já possuem um faturamento alto, por exemplo.
– Lucro Presumido: o percentual de tributação é fixo, definido pelo governo. Para se enquadrar nesse regime a empresa não pode ultrapassar o faturamento de R$78 milhões por ano.
– Simples Nacional: ideal para negócios que estão começando, oferece a vantagem de pagar todos os impostos em uma só guia. Mas atenção: em alguns casos, a tributação pode acabar sendo maior do que no Lucro Presumido.
Na dúvida, peça ajuda para um profissional especializado em contabilidade para dentista. Assim, você terá acesso a todas as informações importantes para organizar a área contábil do seu consultório.
4. Separe as contas pessoais das jurídicas
Esse é um dos passos mais essenciais quando falamos sobre preservar a saúde financeira da sua clínica odontológica. Antes de tudo, é importante entender que os dentistas que trabalham como autônomos podem atuar de duas maneiras: como pessoa física ou jurídica.
De forma geral, o mais indicado é a segunda opção, já que ela confere diversos benefícios, como facilidade de gestão tributária, possibilidade de inclusão ao Simples Nacional e dedução das despesas do consultório no Imposto de Renda.
Assim, ao abrir um CNPJ, é altamente indicado que você crie uma conta bancária específica para as transações da clínica. A Cora oferece esta conta com isenção de mensalidade, além de um cartão de crédito sem anuidade. Isso tudo ajuda a economizar ainda mais para aplicar na sua clínica.
A partir disso, é possível manter um controle financeiro mais produtivo, o que facilita a análise do seu faturamento e o cálculo de lucratividade, por exemplo. Ou seja, separar as contas pessoais das jurídicas faz com que as despesas e o lucro se tornem ainda mais reais, sem a falsa sensação de que tem dinheiro a mais ou a menos.
5. Evite erros corriqueiros na gestão do consultório
Inversão de valores das bases de cálculo, inclusão de receitas isentas em cálculos tributários e falhas na classificação fiscal de produtos e serviços, por exemplo, podem prejudicar, e muito, o capital da empresa.
Portanto, acompanhe de perto todos os processos que envolvem o seu setor de contabilidade, sobretudo se ele for terceirizado. De preferência, utilize sistemas que garantem maior confiabilidade e eficácia para essas operações.
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6. Separe as despesas fixas das variáveis
Avalie essas despesas separadamente para entender o quanto cada uma delas representa nos gastos mensais. Essa análise permite, inclusive, entender o que é possível cortar quando precisar fazer algum tipo de economia ou maiores investimentos.
7. Avalie os valores do serviços regularmente
Num país onde a inflação é tão volátil quanto o Brasil, onde o preço de produtos e mão-de-obra mudam com frequência, considere avaliar os valores dos serviços regularmente.
Quando você estipula um preço e esquece de reavaliá-lo, há grandes chances de estar atuando com uma margem de lucro abaixo do necessário para manter a saúde financeira do seu negócio.
Então, faça cálculos e mais cálculos sempre que necessário para trabalhar com preços competitivos, mas que supra suas necessidades.
Pronto, agora você já sabe como fazer a contabilidade para dentista, além de 7 dias essenciais para a gestão financeira da sua clínica odontológica.
Dentista pode ser Simples Nacional?
Antes de responder essa pergunta, é preciso ressaltar que o dentista não pode ser enquadrado como Microempreendedor Individual (MEI). A explicação vem do fato da profissão ser regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), o que a torna incompatível com a legislação de cadastro de MEI.
Mas a boa notícia é que é possível escolher outras naturezas jurídicas que se enquadram no Simples Nacional. São elas:
– Microempresa: destinado às organizações com rendimento anual de até R$ 360.000,00.
– Empresa de Pequeno Porte (EPP): regime que tem faturamento máximo anual de R$ 4.800.000,00.
Dentista pode deduzir no Imposto de Renda?
Outra dúvida bastante comum dos profissionais é sobre a dedução das despesas referentes à manutenção do consultório. E a resposta é sim, elas podem ser abatidas integralmente ao se optar pelo formulário completo. Para isso, é necessário preencher a ficha Pagamentos Efetuados.
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