Fintech passa a ser uma Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento e entra em nova fase com foco em crédito e investimentos
A Cora, fintech especializada em pequenas e médias empresas, recebeu autorização do Banco Central (BC) para operar como financeira. A mudança da licença para Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) foi publicada nesta segunda-feira, 1º de julho, no Diário Oficial da União (DOU). Com a nova licença, a Cora planeja diversificar sua atuação oferecendo aos clientes opções de investimento e fortalecendo a oferta de crédito além do cartão.
Constituída em 2019, a Cora atuava como Sociedade de Crédito Direto e alcançou mais de 5% do market share de CNPJs no Brasil oferecendo uma conta digital gratuita, sem taxas para PIX e TED PJ e com emissão de até 100 boletos sem custo, além do cartão de débito e crédito. Mais de 1,4 milhão de empresas já abriram conta no banco digital e, com a nova licença, a Cora planeja expandir o portfólio para crescer com sustentabilidade.
“A licença de financeira nos permitirá oferecer dois produtos que nossos clientes sempre solicitam: investimento e crédito. A possibilidade de remunerar o saldo que nossos clientes deixam conosco é extremamente aguardada e com a licença ficamos mais próximos de ter esse produto no portfólio. Quanto ao crédito, sabemos o quanto ele é desejado e, ao mesmo tempo, restrito para os pequenos negócios. Acreditamos que o crédito no momento certo pode alavancar um negócio e temos nos dedicado a criar modelos que ajudem os nossos clientes a construírem essa jornada de forma consciente e intencional”, explica Igor Senra, CEO e cofundador da Cora.
O que muda para a Cora com o upgrade de licença?
As SCFIs são instituições privadas que têm como objetivo fornecer linhas de financiamento e empréstimos para aquisição de bens, serviços e capital de giro. Além do capital mínimo regulatório superior às SCDs, que podem atuar apenas com os próprios recursos, as financeiras tem permissão para captar recursos do público por meio de diferentes instrumentos, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), os Recibos de Depósito Bancário (RDB) e as Letras de Câmbio (LCs), que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) tanto para pessoas físicas quanto para CNPJs.
“Todo empreendedor já toma sua dose de risco na gestão do seu próprio negócio. Eles não deveriam buscar mais risco na gestão do caixa da empresa. Faz mais sentido para o nosso perfil de cliente que o nosso primeiro produto de investimento seja algo mais conservador, com remuneração para o saldo que fica parado na conta, como um CDB. Além disso, já estamos avançados nos testes para oferecer empréstimos para capital de giro e, em breve, essa opção também estará disponível para os clientes da Cora”, finaliza Senra.