Receber ligações ou mensagens de empresas pode ser algo comum. Mas, imagine que, em um dia qualquer, o seu telefone toca e no outro lado da linha alguém informa ser de uma loja que você é cliente. Ela diz que uma compra foi feita em seu nome, mas você sabe que não solicitou o produto.
E agora, como saber se o caso é verdade ou se é a armadilha da falsa central de atendimento?
Neste conteúdo vamos mostrar alguns exemplos de como pessoas mal-intencionadas costumam fazer abordagens para tentar aplicar esse tipo de golpe, se passando por empresas.
O que é o golpe da falsa central de atendimento?
No golpe da falsa central de atendimento golpistas costumam se aproveitar de um momento em que a pessoa está mais vulnerável, geralmente preocupada e até confusa, após ser informada de que alguém pode ter usado as suas informações pessoais.
Um dos contextos mais usados, como mencionado no começo do texto, é alguém ligar alegando ser um funcionário de uma empresa na qual você já costuma fazer compras. Esse suposto funcionário informa que um produto foi adquirido usando o seu cartão de crédito e quer confirmar se foi você mesmo.
Você sabe que não fez nenhuma compra recentemente na loja em questão, mas, mesmo assim, a situação é preocupante. Por isso, começa a cogitar ter sido vítima de um hacker ou de clonagem de cartão, por exemplo. Para tentar resolver o mais rápido possível, acaba confiando no falso atendente e segue as instruções que ele passa.
E é nesse momento que o golpe é aplicado. Geralmente o falso funcionário solicita que você passe informações pessoais, como senhas e código de segurança. Ou, peça para você baixar um aplicativo “de segurança” ou atualizar o seu aplicativo do banco, além de desculpas similares.
Pronto, percebeu como esse método é rápido? E existem muitas variações dele. Então, para se proteger desse tipo de problema, confira a seguir algumas maneiras de se preparar para situações semelhantes.
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O que acontece com quem cai no golpe?
Quando alguém é vítima da falsa central de atendimento, de forma geral, os dados da pessoa ficam à disposição de quem aplicou o golpe.
Ao ter acesso às suas informações de cartão de crédito e do banco, ou ao seu celular, por meio de algum aplicativo instalado, por exemplo, o golpista pode se passar por você.
Com esses dados é possível fazer compras em seu nome, pedir empréstimos, realizar transferências bancárias e muito mais. E, como esses casos usam os dados e os aparelhos que somente você teria acesso, fica mais difícil reaver o prejuízo.
Outro problema é que nem sempre a pessoa percebe que caiu em uma armadilha e só se dá conta após um tempo. Nesse período, a vítima pode ser prejudicada de outras formas, como com juros e cobranças de dívidas ativas.
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Como se proteger desses casos
Veja alguns cuidados que lhe ajudarão a não cair nesse tipo de golpe:
- Desconfie de ligações não solicitadas: é comum que nesses casos a pessoa já tenha algumas informações suas, como nome e data de nascimento, e ao confirmá-las, pode passar a sensação de credibilidade. Na dúvida, desligue, espere 15 minutos ou mais e ligue para a empresa mencionada para ter certeza.
- Proteja seus dados: não passe informações pessoais e dados sensíveis, como senhas, códigos de segurança e dados bancários.
- Não instale aplicativos de “antivírus” e cuidado com a “mão fantasma”: ao baixar algum aplicativo que você não conhece, o golpista pode ter acesso ao seu aparelho. Assim, se você trocar a senha do banco, por exemplo, tudo será monitorado. Geralmente esses aplicativos são disfarçados como falsos antivírus. Essa armadilha ficou conhecida como “mão fantasma”, pois em muitos casos, o golpista acessa o celular enquanto o cliente ainda está utilizando o aparelho ou até mesmo durante a ligação, de forma disfarçada.
- Cuidado ao desligar o telefone: algumas ligações podem ficar “presas” por alguns minutos após você desligar. Nesse caso, se alguém pedir para você ligar para outro número em seguida, essa ligação poderá ser monitorada.
- Não envie dinheiro para quem você não conhece: é comum que golpistas peçam para você depositar dinheiro em uma conta, muitas vezes de pessoa física.
- Tenha cuidado com ligações em sequência: é comum que após ligarem dizendo que o seu cartão foi utilizado, por exemplo, outra pessoa ligue logo após se passando pela suposta empresa onde a compra teria sido feita. Muitas vezes é nesse momento que o golpe é aplicado.