Consumidores e empreendedores que possuem contas importantes para pagar, mas não têm dinheiro suficiente no momento para isso, podem contar com a chamada linha de crédito emergencial para resolver essa situação.
Esse recurso é oferecido por alguns bancos após uma análise de crédito, ficando disponível diretamente na conta corrente. Porém, é preciso muita cautela na hora de utilizá-lo, evitando problemas financeiros no futuro.
A seguir, você poderá conferir um conteúdo completo com tudo o que você precisa saber sobre esse assunto. Boa leitura!
O que é linha de crédito emergencial?
Também conhecida como cheque especial, a linha de crédito emergencial é um crédito pré-aprovado que algumas instituições financeiras colocam à disposição dos clientes para situações de emergência.
Para ser aprovado, é feita uma análise minuciosa levando em consideração principalmente o score de crédito, renda e movimentação financeira do consumidor.
Se for liberado, o valor fica disponível na conta corrente da pessoa em questão, como se fosse uma extensão do seu saldo bancário. Contudo, haverá cobrança de juros e impostos.
Desde janeiro de 2020, os bancos ficaram proibidos de cobrar taxas superiores a 8% ao mês para essa modalidade. Ainda assim, por ser um empréstimo sem garantia, costuma ter valores mais altos do que outras linhas de crédito.
Isso significa que é preciso muito cuidado e planejamento caso seja necessário apostar nesse recurso em algum momento. Apesar da facilidade que ele oferece, a sua recorrência pode fazer com que você se afunde em dívidas e encontre mais dificuldades para quitá-las.
Quais são as principais formas de utilizar a linha de crédito emergencial?
Como o próprio nome indica, o ideal é que você use essa possibilidade financeira apenas em momentos de extrema necessidade.
De maneira geral, algumas situações que justificam a utilização dessa ferramenta por empreendedores são:
• Quebra de veículos da empresa quando não se tem seguro para cobrir o valor relacionado a guincho;
• Consertos ou reparos na sede dos negócios, como problemas elétricos que apresentam riscos para os funcionários;
• Boletos nos quais o vencimento cai em dias em que não há saldo para quitá-los e cujo atraso pode gerar complicações consideráveis para a produtividade da organização, como conta de luz.
Caso você perceba que está usando essa modalidade em uma frequência maior do que é indicado, é importante avaliar o motivo e rever o orçamento empresarial.
Lembrando que, se possível, é interessante já ter um valor destinado a imprevistos como estes que foram citados.
Leia mais | O que é crédito saudável e como encontrar as melhores opções?
Como faço para conseguir linha de crédito emergencial para o meu negócio?
Um dos caminhos mais comuns atualmente é pelo chamado Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que entrou em operação em 2022.
A iniciativa foi criada para atender micro e pequenas empresas que enfrentaram dificuldades devido à pandemia da Covid-19. O objetivo é disponibilizar créditos com juros mais baixos e prazos maiores para começar a pagar.
Ela se juntou a outros programas de apoio ao crédito e tornou-se permanente com a publicação da Lei nº 14.161/2021, sendo que a nova fase vai até 31 de dezembro de 2024.
Para solicitar essa linha de crédito, a empresa precisa buscar uma instituição financeira credenciada, autorizar a Receita Federal a compartilhar os dados de faturamento e fazer a proposta de empréstimo.
Esse processo pode ser feito de forma online por meio do portal e-CAC. Nesse endereço, você consegue acessar usando as informações da sua organização.
Como saber se tenho direito ao Pronampe?
Seguindo as novas mudanças aprovadas em 2022, podem solicitar esse recurso:
• Microempreendedores individuais (MEI) com receita bruta igual ou inferior a R$ 81 mil;
• Microempresas com receita bruta igual ou inferior a R$ 360 mil;
• Empresas de Pequeno Porte com receita bruta superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões.
Além disso, para ter direito ao Pronampe, é preciso que a organização tenha entregue a declaração do último ano de exercício e possuir pelo menos um ano de funcionamento. Empresas com dois anos ou mais têm melhores condições.
Também vale pontuar que a liberação do crédito vai depender das regras internas de cada instituição financeira. Caso existam restrições, como negativação, o empréstimo pode ser negado.
Portanto, é recomendado regularizar a sua situação antes de fazer a solicitação.
Como conseguir o fundo do Fampe?
Uma outra possibilidade para empreendedores que precisam de suporte financeiro é o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), disponibilizado pelo Sebrae nos bancos conveniados.
Esse recurso concede aval financeiro complementar aos pequenos negócios que não possuem todas as garantias necessárias para conseguir um financiamento.
Assim, ele pode garantir até 80% de uma operação de crédito contratada, dependendo do porte empresarial do solicitante e da modalidade de financiamento.
A solicitação pode ser feita por meio do site do Sebrae. Essa linha de crédito está disponível para empreendimentos dos setores da indústria, comércio e serviços dos seguintes portes: Microempreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
Leia mais | 5 linhas de crédito para empresas que você precisa conhecer
Manter o controle das suas finanças é sempre o melhor caminho
Com a leitura deste artigo, você provavelmente percebeu que, independente da linha de crédito escolhida, é sempre necessário acompanhar de perto todos os movimentos financeiros da sua empresa.
Esse controle permite que você identifique os principais gastos, oportunidades de economia, investimentos necessários e como evitar problemas futuros que trarão sérias consequências para o seu empreendimento.
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