Diante de imprevistos que afetam a vida financeira, manter o pagamento de um empréstimo bancário, saldo de cheque especial ou cartão pode ficar inviável. Nesse momento, é importante saber como negociar dívida com banco.
Sendo assim, é possível buscar uma solução para evitar ou reverter as consequências de ter uma dívida em aberto, como o temido “nome negativado”, as ligações incessantes e outras ações de cobrança.
Então, se você quer negociar dívida com banco, mas não sabe como fazer isso, confira as dicas que preparamos para te ajudar a sair dessa situação.
Como se preparar para negociar dívida com banco?
Antes de negociar dívida com banco, ou seja, buscar um acordo para quitar o débito, é fundamental estar com a organização financeira em dia.
Desse modo, antes de buscar uma negociação, você precisa fazer um planejamento financeiro realista, para saber quais serão seus gastos nos próximos meses e quanto você pode comprometer com o pagamento da dívida bancária.
Isso porque, não adianta negociar dívida com banco, fazer um acordo de refinanciamento, e depois não conseguir pagar as parcelas.
Aliás, se for possível quitar o valor total, mesmo que isso signifique passar por um aperto temporário, pode ser a melhor solução, pois assim você não arrisca se endividar de novo, caso surja algum imprevisto.
Portanto, o primeiro passo para negociar dívida com banco é se planejar para resolver o problema de forma definitiva, tendo em vista sua real situação econômica no momento.
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5 dicas essenciais para negociar dívida com banco
Depois de fazer um planejamento financeiro e saber exatamente quanto você pode comprometer do orçamento, aproveite as dicas a seguir para negociar dívida com banco.
1) Demonstre interesse em negociar
É importante demonstrar que você tem interesse em uma negociação e não está agindo de má-fé.
Por isso, mantenha a calma e responda aos contatos da instituição, além de tomar a iniciativa em buscar uma saída para conseguir honrar o compromisso.
2) Entenda sua dívida
Antes de negociar uma dívida bancária, você precisa saber exatamente quanto você está devendo. Em geral, é possível fazer a consulta pelos canais de atendimento ou plataforma online da instituição.
Desse modo, você deve pedir um detalhamento do valor inicial do débito, dos juros e demais acréscimos e o valor total atualizado da dívida.
Muitas vezes, é possível ter um bom desconto nos juros ao quitar o montante em uma única parcela.
Por isso, peça o valor para pagamento total e as opções de parcelamento disponíveis para achar a opção mais vantajosa e compatível com sua realidade financeira.
3) Não se precipite
Por maior que seja a insistência do banco, não se precipite em aceitar um acordo de dívida. Primeiro, certifique-se de que a proposta cabe no seu orçamento.
Sabemos que ter uma dívida causa preocupação e insegurança, além de toda a pressão que as ações de cobrança, ainda que amigáveis, trazem.
Porém, se precipitar e aceitar uma proposta que você não vai conseguir honrar só vai piorar o problema, ao invés de resolver.
4) Considere a portabilidade da dívida
É possível transferir a dívida para outra instituição e assim aproveitar taxas de juros menores, pagando um valor total mais baixo.
Desse modo, é preciso primeiro comparar as taxas de juros e o custo efetivo total da operação antes de solicitar a portabilidade, para garantir uma troca vantajosa.
Nesse sentido, você pode utilizar simuladores online para ter uma noção do quanto dá para economizar com a portabilidade.
5) Aproveite eventos de negociação
As instituições financeiras costumam promover eventos periódicos de negociação de dívidas. Da mesma forma, empresas especializadas em negociação de dívidas realizam os chamados “feirões limpa nome”.
Dessa forma, tais eventos oferecem condições especiais de redução de juros e parcelamento, permitindo quitar os débitos por um valor menor.
Então, vale a pena se informar sobre quando esses eventos ocorrem e já ir se preparando, para ter um valor disponível quando chegar a época.
O que acontece com quem fica devendo para o banco?
Conheça agora as consequências possíveis de ter uma dívida bancária, seja como pessoa física ou referente a uma conta de pessoa jurídica:
Cobrança amigável
Cobrança extrajudicial ou amigável é quando a instituição tenta cobrar a dívida sem recorrer à justiça, buscando uma conciliação com a pessoa inadimplente.
Aqui entram as famosas ligações, avisos por mensagem e até a carta de cobrança. Vale lembrar que, embora o banco tenha o direito de cobrar a dívida, existem limites fixados pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Inclusão em cadastros de inadimplentes
Outra consequência provável de uma dívida bancária é ter o CPF ou CNPJ incluso em cadastros de inadimplentes mantidos por empresas como Serasa, SPC, Boa Vista, etc.
Desse modo, a negativação dificulta a obtenção de novos empréstimos ou financiamentos, já que as empresas costumam consultar esses registros antes de conceder crédito.
Além disso, ter dívidas negativas impacta a pontuação de crédito de uma pessoa física ou jurídica, conhecida como score ou score CNPJ. Ou seja, ter uma dívida bancária vai dificultar o acesso ao crédito.
Protesto da dívida em cartório
A instituição também pode recorrer ao protesto em cartório da dívida bancária. Nesse caso, para retirar o protesto, é preciso pagar, além do valor da dívida, as taxas cobradas pelo cartório.
Porém, o cartório deve notificar a pessoa com antecedência, informando o prazo para pagamento, que deve ser de, no mínimo, um dia útil. Então, se o pagamento não for realizado no prazo informado, o protesto é registrado.
Registro no SCR
O Sistema de Informações de Créditos (SCR), mantido pelo Banco Central, registra dados de empréstimos, financiamentos e outras modalidades de crédito obtidas em instituições financeiras com valor igual ou acima de R$ 200.
Portanto, uma dívida bancária pode ser incluída no SCR, dificultando a obtenção de crédito.
Cobrança judicial
Por último, a instituição bancária pode entrar com uma ação judicial de cobrança. Aliás, vale dizer que não existe um valor mínimo para o banco entrar na justiça.
Porém, como a cobrança judicial traz custos para a instituição, esse costuma ser o último recurso utilizado. E as consequências da ação, como penhora de bens ou contas bancárias, serão decididas em juízo.
Depois de conferir as dicas para negociar dívida com banco e as consequências de não pagar o débito, você também pode gostar do artigo que preparamos sobre como consultar dívida no CNPJ.