Para tomar decisões informadas ao investir, é obrigatório conhecer alguns conceitos básicos. Por exemplo, entender o que é rendimento e como essa variável impacta os investimentos.
Afinal, embora o termo seja muito utilizado, ter dúvidas sobre seu significado prático é super normal para quem está começando ou pretende investir.
Por isso, preparamos este conteúdo explicando tudo sobre rendimento de investimentos e seus tipos. Você também vai saber mais sobre rendimento tributável, um tema que costuma gerar dúvidas quando se fala em Imposto de Renda.
O que é rendimento no contexto dos investimentos?
Rendimento representa o retorno que um investimento proporciona após determinado período. Ou seja: é o valor “a mais” que a pessoa investidora recebe por deixar seu dinheiro numa aplicação financeira.
Portanto, se aplicando R$ 100 num investimento você obteve R$ 101 após 30 dias, o rendimento do período foi de R$ 1. Já se fosse para expressar esse valor em porcentagem, a rentabilidade seria de 1% ao mês.
Qual a diferença entre rendimento e rentabilidade?
Embora ambos os termos possam ser usados como sinônimos, rendimento e rentabilidade são conceitos diferentes, apesar de relacionados.
Assim, o rendimento é o valor absoluto obtido como retorno de um investimento (R$ 1, por exemplo). Enquanto a rentabilidade indica o retorno de um investimento em porcentagem (por exemplo: 1% ao mês).
Portanto, a rentabilidade é fundamental para comparar investimentos, ao permitir analisar qual deles oferece o maior retorno.
Além disso, você pode calcular o retorno de uma aplicação a partir da rentabilidade.
Para tal, é preciso considerar o valor que será aportado e por quanto tempo o dinheiro ficará aplicado.
Tipos de rendimento: nominal, real e líquido
Vimos que rendimento significa o retorno, em valor monetário, de um investimento no período considerado. Entretanto, existe mais de uma forma de calcular o rendimento.
Logo, podemos dizer que há diferentes tipos de rendimento, conforme a metodologia de cálculo utilizada:
Rendimento nominal
Rendimento nominal é o valor bruto que o investimento gerou em determinado período. Ou seja, o retorno sem nenhum desconto de impostos, taxas ou inflação.
Esse indicador mostra o total de ganhos obtidos, sendo útil para comparar o desempenho de diferentes tipos de investimento.
Se você investir R$ 1.000 numa aplicação com rendimento de 10% ao ano, após 12 meses o rendimento nominal será de R$ 100, por exemplo.
Rendimento líquido
Rendimento líquido é o valor que você realmente recebe após descontar os custos do investimento. Portanto, ele indica lucro o efetivo disponível para resgate.
Nesse sentido, os custos podem incluir taxas (de administração, por exemplo) e impostos.
Sendo assim, se o rendimento nominal foi de R$ 2.000, mas você pagou R$ 300 de impostos e taxas, o rendimento líquido é R$ 1.700.
Rendimento real
O rendimento real corresponde ao rendimento líquido ajustado pela inflação. Portanto, além de deduzir os custos do investimento, ele também considera a variação no poder de compra no período.
Você pode conferir nosso artigo sobre o que é inflação e como ela afeta a sua vida para saber mais sobre este conceito.
Por que o rendimento é um fator importante ao investir?
O rendimento é um dos fatores mais importantes ao investir porque ele reflete o retorno financeiro que você terá sobre o valor aplicado.
Em outras palavras, a rentabilidade indica o quanto seu dinheiro pode aumentar com o investimento.
Porém, é importante lembrar que rendimento/rentabilidade não é tudo. Assim, outros fatores também devem ser analisados num investimento, incluindo:
Risco
Todo investimento tem um nível de risco associado. Inclusive, investimentos com maior rentabilidade potencial tendem a ter um risco maior. Por isso, antes de investir, é essencial avaliar o grau de risco aceitável.
Liquidez
Liquidez é a facilidade com que você pode resgatar seu dinheiro do investimento. Alguns produtos permitem o resgate imediato, enquanto outros podem ter prazos mais longos e/ou taxas para retiradas antecipadas.
Prazo
Os objetivos do investimento precisam estar alinhados ao prazo do produto. Desse modo, investimentos de curto prazo devem ser mais líquidos e seguros. Já os de longo prazo podem assumir mais risco para buscar um rendimento maior.
Custos e tributação
Alguns investimentos possuem incidência de impostos, além de taxas administrativas. Logo, tais custos podem impactar diretamente a rentabilidade líquida, como vimos.
Leia mais | Renda fixa e renda variável: o que são e quais as diferenças entre os investimentos
O que é rendimento tributável?
Rendimento tributável é aquele que pode ser considerado no cálculo do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF).
Portanto, é a partir da soma dos rendimentos tributáveis que se apura a obrigatoriedade de declarar e pagar o IRPF.
Entre os principais exemplos de rendimentos tributáveis, podemos citar: salário, aposentadorias e aluguéis.
Já os rendimentos isentos e não tributáveis são aqueles sem incidência do IRPF. Portanto, rendimentos dessa categoria não têm desconto do Imposto.
Capital obtido com a venda de imóveis, lucros e dividendos, e indenizações por rescisão de contrato de trabalho são exemplos de rendimentos não tributáveis.
Porém, existe um limite para os rendimentos isentos do IRPF. Este limite passou de R$ 40 mil para R$ 200 mil por ano em 2024.
Portanto, ultrapassar esse limite gera a obrigação de declarar o Imposto de Renda. Lembrando que estamos falando de uma obrigação tributária da pessoa física.
Leia mais | Entenda quais são as obrigações tributárias de uma empresa
O que é informe de rendimentos?
O informe de rendimentos é um documento emitido por empresas e instituições financeiras que detalha os valores recebidos por uma pessoa ao longo do ano.
Por isso, ele é essencial para a declaração do IRPF, ao trazer informações detalhadas sobre os rendimentos recebidos e o Imposto Retido na Fonte.
Além disso, o informe pode ser usado para comprovação de renda em pedidos de empréstimos e financiamentos.
Agora você já sabe tudo sobre rendimento no mundo dos investimentos e a importância deste critério na hora de escolher uma aplicação. Dominando este conceito, você terá uma base melhor para tomar decisões na hora de investir.
Fique à vontade para conferir mais conteúdos sobre gestão e finanças no Blog da Cora. Até a próxima!