O Pix internacional está cada vez mais próximo de se tornar uma realidade. Esta inovação promete revolucionar a forma de transferir dinheiro para outros países.
O Bank of International Settlements (BIS) vem testando um sistema que será chamado de Nexus. Quer saber mais e entender os detalhes sobre o assunto? Então, continue lendo este artigo para tirar todas as suas dúvidas.
O que é o Pix internacional?
O Pix internacional está sendo desenvolvido desde 2021 pelo hub de inovação do Bank of International Settlements (BIS), conhecido como “banco central dos bancos centrais”.
Atualmente, está em fase de testes e, se tudo der certo, terá o nome de Nexus. O objetivo é que seja uma plataforma que integra os sistemas nacionais de pagamento de 60 países.
Já começou a ser testado entre os sistemas financeiros da Malásia, Cingapura e da Zona do Euro, pelo Banco da Itália.
O processo de transferir dinheiro para países diferentes ainda é muito lento e caro e o Pix internacional chegaria para aprimorar esse processo.
No Brasil, o Pix foi lançado pelo Banco Central em novembro de 2020 e os dados indicam que a quantidade de chaves cadastradas já bateu mais de 470 milhões até julho de 2022. O sucesso desta criação serve de modelo para os bancos centrais do mundo todo.
Como o Pix Internacional funciona?
O Pix internacional deve funcionar de maneira muito semelhante ao meio de pagamento normal, porém, quem vai receber estará em outro país.
O processo que existe atualmente não é muito claro em relação às taxas e ao funcionamento, o que significa que existem diferenças entre as plataformas de câmbio. Quem consume, por sua vez, muitas vezes acaba pagando mais caro do que o necessário porque tem mais dificuldade para fazer as devidas análises.
Além disso, há o fato de que há diversos custos envolvidos, o que impacta o envio de pequenas quantidades de dinheiro, e o valor pode levar de 2 a 3 dias úteis para chegar à pessoa destinada.
Por mais que ainda não se tenha certeza sobre o tempo que vai levar para um Pix internacional ser efetivado, a expectativa é que seja um pouco mais ágil do que as transferências internacionais utilizadas hoje em dia.
Com o Pix internacional, a ideia é que menos custos sejam incidentes sobre a operação de transferência internacional, mas ainda não há clareza sobre as taxas e prazos, pois o serviço está em testes.
O limite do valor de transferências por meio do Nexus deve ser estabelecido pelo operador do sistema de pagamento de cada país e a ideia é que o montante seja mais baixo no início das operações. Assim, operadores, usuários e bancos podem ganhar confiança e experiência com o sistema.
Quais países participarão do projeto Nexus?
A ideia do Nexus é integrar todos os países que já possuem algum tipo de sistema instantâneo de pagamento e transferência, como é o caso do Pix brasileiro.
No momento, o projeto está na fase de prova de conceito para aprimoramento do modelo. O foco é a integração de pagamentos dos locais já citados anteriormente: Malásia, Cingapura e Zona do Euro, por meio do Banco da Itália.
Se esta prova de conceito foi bem-sucedida, o próximo passo é um projeto-piloto.
Pontos de atenção em relação ao Pix
Assim como há muitos benefícios, a chegada do Pix internacional também deve promover alguns alertas.
Leia também | Golpe do Pix: como funciona e 5 dicas para não cair
Um dos principais pontos de atenção é a possibilidade do aumento de fraudes. O pagamento instantâneo facilita a vida de muita gente, mas também é um meio mais simples e rápido para a realização de crimes, como vimos ocorrer bastante no Brasil.
Mesmo assim, as vantagens devem superar as adversidades.
Quando esse tipo de transação financeira estará disponível?
Infelizmente, ainda não é possível realizar o Pix internacional, pois o modelo está sendo testado. A expectativa é que o mesmo seja lançado em breve, mas ainda não há uma data.
A proposta é que os sistemas nacionais de pagamento se conectem diretamente com a plataforma Nexus ao invés de criar uma conexão personalizada com cada um. Assim, será possível reduzir custos e melhorar a eficiência de transações financeiras internacionais.
Como fazer transferências bancárias internacionais atualmente?
Enquanto o Pix internacional não chega, é importante entender como funciona o processo de transferências bancárias internacionais. Pode ser necessário ir à agência física do seu banco ou, dependendo da instituição financeira, realizar o processo pelo site ou aplicativo.
No geral, é necessário informar alguns dados do destinatário, como país de destino e moeda, nome completo e endereço, valor, código SWIFT e número da conta bancária ou IBAN.
O curto pode variar um pouco de acordo com as taxas aplicadas pelo provedor, moeda, quantia da remessa internacional e método de pagamento. No Brasil, costuma ser cobrada a taxa de câmbio, tarifa de envio, IOF e a taxa SWIFT.
Não há como negar que será muito bom quando o Pix internacional estiver disponível, não é mesmo? Até lá, vamos te informar todas as novidades para você ficar sabendo de tudo em primeira mão!