Ao abrir uma empresa, nem sempre pensamos em todos os detalhes que isto pode significar. Mas em poucos meses, já é possível perceber que algumas questões não podem ser deixadas de lado, e uma delas é fazer o planejamento financeiro empresarial.
Este planejamento é o que vai ajudar a pessoa empreendedora a visualizar não só suas metas, mas como alcançá-las, além de diminuir o risco de ter que lidar com problemas financeiros no futuro.
Como aqui na Cora pensamos sempre em maneiras de facilitar a sua vida na hora de empreender, vamos te contar neste artigo como montar um planejamento financeiro empresarial de forma descomplicada. Acompanhe!
O que é planejamento financeiro empresarial?
O planejamento financeiro de uma empresa é um documento onde estão definidas as diretrizes financeiras daquele negócio. Com este documento sempre em mãos e atualizado, é possível tomar decisões de forma mais rápida e assertiva, garantido a saúde financeira da empresa.
Neste documento você vai organizar:
- metas e objetivos financeiros
- ações e ferramentas necessárias para alcançar estes objetivos e prazos
- processos internos para manter as contas em dia
- receitas e despesas da empresa
- possíveis investimentos
- faturamento, margem de lucro e receita líquida
- projeção de receita para os próximos meses
- controle do fluxo de caixa
- cenários financeiros possíveis e maneiras de evitar problemas nestes cenários
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Qual a importância de fazer o planejamento financeiro?
Com todas estas informações em mãos, é possível visualizar a viabilidade financeira do projeto e, ao longo do tempo, fica mais fácil tomar decisões sobre o orçamento e o futuro da empresa.
Fazendo um planejamento estratégico das suas finanças vai ser possível enxergar a situação atual da empresa e como funciona o seu fluxo de caixa. Também dá pra desenhar onde se quer chegar e os caminhos e ferramentas necessárias para alcançar este resultado.
Passo a passo para fazer o plano financeiro da sua empresa
1. Diagnóstico da situação atual
Para começar esse planejamento, o primeiro passo é descobrir a situação atual da sua empresa. Aqui, você deve olhar para o posicionamento do seu negócio no mercado, quais são os pontos positivos e negativos da sua marca, onde você pode melhorar, quais são as oportunidades e as ameaças.
É legal também pensar no seu produto ou serviço e no seu público, com isto você também consegue levantar pontos de melhoria.
Além de ser fundamental na hora de estabelecer os objetivos principais e como chegar até eles, isso vai te ajudar a visualizar o que é possível melhorar no curto e longo prazo em prol da saúde financeira da sua empresa.
2. Mapeamento de despesas e receitas
Para este segundo ponto, é importante ter uma planilha de controle financeiro empresarial, para documentar todas as despesas dos últimos meses e entender de fato a saúde financeira do seu negócio e o seu capital de giro.
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Nesta planilha, você vai detalhar todas despesas fixas e variáveis do seu negócio, ou seja, os custos recorrentes (contas de energia, aluguel, telefone, fornecedores, salários) e os pontuais (contratação de fornecedores e manutenção de equipamento) e, se possível, já pode colocar os investimentos futuros que deseja fazer para alcançar seus objetivos (contratações, compra de novos equipamentos). Também é possível documentar todas as receitas da sua empresa, os valores que já recebeu ou que irá receber nos próximos meses.
Quanto mais detalhado você fizer, classificando todos os gastos e ganhos, mais realista vai ser sua visão sobre a situação financeira da sua empresa.
3. Definição de metas e objetivos
Depois de analisar a situação da sua empresa e mapear todas as despesas e fontes de receita, já é possível pensar nos seus objetivos a curto, médio e longo prazo.
Neste ponto, você vai definir as metas financeiras que fazem sentido para o seu negócio e os prazos para alcançá-las. Pode, por exemplo, dividir esta meta anual em objetivos mensais, levando em consideração a sazonalidade do seu negócio.
Nesta hora, é importante pensar que elas precisam ser desafiadoras, mas realistas para o tamanho da sua empresa e a quantidade de dinheiro que você tem disponível para investir.
Além de metas de vendas e faturamento, é interessante pensar em outras formas de medir seu sucesso, como: quantidade de novos clientes ou clientes ativos, redução de custos e até quitação de dívidas.
4. Projeção de cenários financeiros
Com seus objetivos globais definidos, que tal abrir a visão e desenhar cenários alternativos? Afinal, muita coisa pode acontecer dentro de um ano – desde a captação de um investimento ou uma demanda maior que a esperada, até problemas com matéria-prima, fornecedores e clientes.
Para ter segurança no futuro da empresa, um bom passo é fazer uma previsão de cenários financeiros possíveis, traçando, além do seu plano realista, uma versão mais otimista e outra pessimista, já documentando maneiras de guiar sua empresa caso um destes quadros aconteça.
5. Definição do plano de ação
Agora que você já analisou, tanto a situação atual quanto os objetivos desejados para o seu negócio, é hora de montar um plano de ação para atingi-los.
Neste plano, é importante documentar as ações necessárias para o atingimento da meta em cada uma das frentes envolvidas no trabalho (financeiro, marketing, vendas, tecnologia, entre outras) e um cronograma realista de tarefas para realizar estas ações. É importante definir também os responsáveis por cada tarefa e como elas serão medidas, assim fica mais fácil fazer mudanças de estratégia no meio do caminho.
6. Precificação
Outra questão importante no plano financeiro é definir o preço cobrado nos produtos e serviços comercializados. Para isto é preciso levar em conta alguns pontos:
- concorrência e mercado (quanto costumam cobrar pelo mesmo serviço?)
- todos os custos envolvidos na produção de um produto ou todos os custos necessários para a realização de um serviço
- pró-labore dos sócios
- expectativa de lucro
- outras despesas da empresa
É isto que garante que sua empresa seja sustentável. O preço dos produtos e serviços vendidos deve sustentar toda a estrutura da empresa para a conta fechar.
Leia também | Precificação: aprenda a precificar produtos e serviços
7. Controle e registros
Embora no início seja trabalhoso desenvolver um plano financeiro, é isso que vai guiar a empresa daí em diante, então este trabalho não pode ser pontual.
É essencial que o controle das finanças da empresa seja feito constantemente e a planilha de controle financeiro seja atualizada todos os dias, com o registro de todas as movimentações financeiras.
Acompanhar o controle financeiro de perto te permite acompanhar seu fluxo de caixa, a margem de lucro e o ROI (retorno sobre investimento), permitindo que você antecipe possíveis problemas e visualize oportunidades de crescimento com mais facilidade.
Leia também | Índice de lucratividade: o que é e como calcular o do seu negócio?
8. Melhorias constantes
Já deu para perceber que o controle das finanças da empresa, quando monitorado de perto, é o guia da empresa em direção ao crescimento. E, é através dele mesmo que será possível identificar os ajustes necessários e as melhorias que você pode fazer na sua organização.
Este deve ser um passo recorrente no seu negócio, tente tirar um tempo mensalmente para analisar os resultados, pensar em formas de potencializá-los para o próximo período e como aplicar estes ajustes o quanto antes, para medi-los no próximo ciclo.
Agora que você entendeu como fazer um planejamento financeiro, faça o download da Planilha de Controle Financeiro Empresarial que a Cora desenvolveu para te ajudar nesta empreitada.