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O que é risco de crédito, como e por que ele é calculado

24 de setembro de 2022
risco de crédito

Risco de crédito? O que será isso?  Você já deve ter ouvido algumas vezes que nada é mais importante do que o seu nome, certo? Pois aí está uma grande verdade. 

Tanto para pessoas físicas quanto para empresas, ter um “bom nome” no mercado significa basicamente ser alguém “correto”, que não deve nada a ninguém. 

E quem tem este “nome preservado” é considerado uma pessoa confiável. Ou seja, digna de crédito. Afinal, a chance de essa pessoa pagar de volta o que pegou emprestado, por exemplo, é bem alta. Logo, o risco de crédito de confiar alguma quantia na mão dela é baixo. 

De forma simples, essa é a lógica do risco de crédito. Mas se você quer entender melhor como funciona, como ele é calculado ou analisado e saber absolutamente tudo sobre o conceito, é só continuar a leitura! Preparamos um conteúdo especial para você. Vamos lá?

O que é risco de crédito?

Risco significa, segundo o dicionário da língua portuguesa, uma “probabilidade de perigo”, “ameaça”. Crédito, por sua vez, quer dizer “confiança, crença fundada nas qualidades de uma pessoa ou coisa; segurança de que alguém ou algo é capaz ou veraz”.

Risco de crédito é, portanto, literalmente, o perigo de quebra de confiança, quando alguém se mostra incapaz de honrar um compromisso assumido. 

No mercado financeiro, que envolve dinheiro, em operações como empréstimos, parcelamentos de compra, financiamentos ou liberação de um cartão com limite, o risco de crédito é exatamente a chance de o cliente não quitar o valor devido, tornar-se inadimplente.  

Este risco, obviamente, não existe quando os pagamentos são feitos à vista. Mas sempre nas operações que envolvem crédito, o credor precisa acreditar que você irá honrar aquele compromisso e que não trará prejuízo a ele. 

Confiar “cegamente”, sem pesquisar, sem conhecer aquela pessoa a quem se está emprestando dinheiro, não é nada indicado. É por isso que sempre antes de conceder algum tipo de crédito a alguém é realizada uma análise de crédito. 

Leia também | Análise de crédito: o que é e como funciona esse processo?

Por que a análise de risco de crédito é importante?

Ao longo da nossa vida, a gente passa diversas vezes por análises de risco de crédito e os desfechos podem ser positivos ou negativos dependendo do momento em que o crédito for solicitado. 

Quem empreende pode se ver ainda dos dois lados: ora como quem é analisado, ora como quem analisa. Quer um exemplo?

Quando um empreendedor procura um banco para solicitar um empréstimo para fazer uma reforma em sua loja física, ele é analisado e tem sua vida toda pesquisada. A partir dessa análise, o banco pode decidir se libera e quanto libera de dinheiro para aquele cliente. 

Ao mesmo tempo, em sua loja, esta pessoa empreendedora pode oferecer um crediário aos seus clientes, e aí, sem dúvida, esta forma de pagamento só será liberada após uma análise de crédito detalhada do consumidor. Afinal, não dá para correr o risco de não receber, não é mesmo? Neste caso, esta mesma pessoa que em um primeiro momento foi analisada, agora exerceu o papel de quem analisa. 

Entende por que fazer uma análise do risco de crédito é tão importante? Todo mundo quer receber! E, infelizmente, o Brasil é um país com um altíssimo índice de endividamento – mais de 66,6 milhões de brasileiros encerraram o primeiro semestre de 2022 com os nomes negativados por dívidas, de acordo com a Serasa. É muita gente!

Assim, se processos como a análise de risco de crédito não existissem, as instituições financeiras não conseguiriam avaliar individualmente o perfil de cada consumidor e oferecer condições de pagamento personalizadas e mais justas.

Aí, o risco de crédito poderia ser considerado alto para todo mundo, e tomar empréstimos poderia se tornar muito mais caro.

Como funciona a análise de risco de crédito na prática?

Já ficou claro que o  risco de crédito existe em qualquer operação financeira que envolve confiança, ou seja, quando uma instituição libera algum tipo de crédito acreditando que receberá o pagamento na data combinada, certo? 

Isso significa que essas instituições todos os dias correm o risco de nunca mais verem a cor do dinheiro que emprestaram. É por isso, inclusive, que existe a cobrança de juros nessas operações. Os juros também são uma forma de tentar compensar o risco que se corre ao conceder crédito. 

Em empréstimos, cartões de crédito, parcelamentos diretos em lojas e comércios e até mesmo em contratos de aluguéis, sempre tem alguém “morrendo de medo” de não receber. 

É por isso que para as empresas e instituições financeiras que realizam empréstimos ou concedem crédito de qualquer tipo, analisar o risco de crédito de cada um de seus clientes é básico, algo fundamental da rotina.

E como funciona na prática? De forma geral, quando se faz uma análise de crédito, é verificada a situação financeira atual do solicitante, sua renda e o seu relacionamento com a empresa credora e o mercado (histórico de pagamentos e movimentações financeiras). 

Depois, os clientes são classificados em dois grupos de risco: 

  • Risco de primeira classe: quando o crédito tem grandes chances de não ser quitado. Em casos assim, a instituição financeira pode optar por não liberar o valor solicitado ou fazer a aprovação do crédito com condições menos atrativas (prazos para pagamento mais curtos, taxas de juros mais altas ou exigência de garantias).
  • Risco de segunda classe: quando a empresa entende que sofre menos riscos ao oferecer crédito para um cliente. Aqui, os valores liberados e as condições de pagamento costumam ser mais interessantes.

 

Mas é importante ressaltar que os critérios avaliados na análise de risco de crédito variam de uma instituição para outra, já que cada uma tem sua política interna.

Na prática, enquanto algumas são mais flexíveis, outras são mais conservadoras, ou sejam, preferem se expor menos aos riscos. 

É por isso que, ao simular crédito em duas instituições financeiras ao mesmo tempo, você pode ser aprovado em uma delas e em outra, não. Ou até encontrar condições distintas em cada instituição.

A Cora, por exemplo, é uma instituição financeira jovem e colocou seu cartão de crédito no mercado há menos de um ano. Por isso, nesse início é muito importante ter cautela na hora de oferecer crédito aos nossos clientes. 

Precisamos fazer estudos constantes para entender o comportamento financeiro de diferentes grupos e ir liberando crédito aos poucos, de maneira segura. Para nós, essa é uma forma de garantir que o limite disponível será saudável para nós e, principalemente, para a empresa que vai recebê-lo. 

Mas, aos poucos, conforme o seu relacionamento com a gente for amadurecendo, o cartão pode ser mais facilmente liberado e o limite também pode subir. 

Assim, se você é cliente Cora e ainda tem um cartão de crédito com limite baixo, não deixe de usá-lo por conta disso. Saiba que utilizar o cartão com um limite menor e quitar as faturas em dia é uma forma de a gente conhecer melhor o comportamento de pagamento da sua empresa e entender que o risco de conceder crédito a você é baixo.

Leia também | Por que o meu cartão de crédito Cora ainda não foi aprovado?

E na minha empresa, como calcular o risco de crédito corretamente?

O cálculo do risco de crédito não é matemático, então não existe uma fórmula para você aplicar na sua empresa. Este “cálculo” é feito e mensurado de acordo com as pesquisas realizadas sobre seus clientes. 

Mesmo se sua empresa não for grande, é possível consultar o CPF ou CNPJ do cliente, solicitar comprovante de renda e de endereço antes de liberar algum tipo de crediário ou fazer uma venda a prazo, por exemplo. 

Assim, o que você pode fazer para minimizar o risco de inadimplência nas suas vendas é:

  • ter uma ficha cadastral atualizada dos seus clientes;
  • classificar os perfis financeiros dos clientes (se pagam em dia, se você já teve algum problema para receber, etc);
  • contar com o auxílio de ferramentas de gestão de cobrança e criar um método fixo (data para faturar, emitir boleto, enviar, prazo de pagamento combinado previamente);
  • controlar e acompanhar as finanças da sua empresa de perto;
  • em caso de inadimplência, fazer a cobrança ou executar o contrato. 

 

Leia também | Como emitir boletos recorrentes de forma automática?

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Por Equipe Cora
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