Pegar um empréstimo para expandir sua empresa, financiar a construção da casa própria ou utilizar o cheque especial do seu banco: tudo isso costuma ter um alto custo no Brasil, não é mesmo? E dizem por aí que a culpa é toda de um tal de spread bancário.
Spread o quê? Bom, se você não sabe o que este termo significa, muito menos como ele impacta suas finanças, este conteúdo é para você.
Continue a leitura para descobrir o que é spread bancário, para que serve, como é calculado e porque ele é tão importante na hora de contratar algum tipo de crédito. Vamos lá?
O que é spread bancário?
De forma objetiva, spread bancário é a diferença percentual entre a taxa de juros cobrada pelos bancos nos empréstimos e a taxa de juros paga nos investimentos.
Quer um exemplo para ficar mais claro de como o spread funciona?
Imagine que você investe em um produto de renda fixa que rende 15% ao ano em um banco e este mesmo banco cobra 35% ao ano de juros no seu empréstimo pessoal. Isso significa que o spread bancário praticado neste caso é de 20% (35 – 15 = 20).
Parece bem injusto o banco te pagar apenas 15% quando você confia nele e faz um investimento e cobrar de você 35% quando você pede confiança e faz um empréstimo. Afinal, por que quando eu “empresto” ao banco eu lucro “X” e quando o banco me empresta ele lucra muito mais que “X”?
Tem vários motivos para essa balança pender mais para um lado que para o outro e um deles está relacionado aos custos operacionais embutidos em toda e qualquer transação financeira.
E realmente, ao cliente, quanto mais alto for o spread praticado, mais caro será tomar crédito.
Dessa forma, sem dúvida, tirar a fama de vilão do spread bancário nunca será tarefa fácil (e também, este não é o nosso objetivo). Mas é possível compreender por que ele existe e do que ele é composto para saber, de fato, qual é o impacto que ele gera na sua vida ou no caixa do seu negócio sempre que você contratar algum tipo de crédito.
Como funciona o spread bancário e como impacta seu orçamento?
Já entendemos que o spread é a exata diferença entre os juros que o banco paga para captar recursos e os juros que são cobrados por este mesmo banco para emprestar dinheiro, certo?
Mas é importante saber que, além dessa diferença, existem alguns outros fatores que estão embutidos e que compõem o spread bancário, impactando em seu valor final.
Basicamente, são: inadimplência, lucros, impostos diretos, depósito compulsório, encargos e custo administrativo da operação.
Para ficar mais simples, primeiro é preciso você saber que o Brasil é um dos países com maior spread bancário do mundo. Segundo dados do Banco Mundial, no comparativo internacional, o Brasil é superado apenas por Zimbábue (37,4%) e Madagascar (34,5%), ficando na terceira posição de maior spread bancário do planeta, com 25,7%.
Como citamos anteriormente, um spread bancário alto significa que as modalidades de crédito, em geral, ficam mais caras, especialmente nos bancos tradicionais, que costumam ter custos de operação maiores (com a manutenção de agências físicas, caixas eletrônicos, seguranças, aluguéis etc).
E o que acontece quando os empréstimos tomados contam com juros muito altos? A inadimplência aumenta consideravelmente!
Para se ter ideia, atualmente, 66,6 milhões de brasileiros estão com suas contas atrasadas, de acordo com os dados mais recentes do Mapa da Inadimplência da Serasa. O endividamento das famílias está batendo todos os recordes!
Este dado triste em nada ajuda, afinal, quando a taxa de inadimplência está alta, o risco de crédito em geral também aumenta.
Resultado: as políticas de crédito no Brasil acabam se tornado ainda mais rígidas, ou seja, fica ainda mais difícil ser aprovado em análises de crédito. Ou, quando o cliente é aprovado, as instituições financeiras optam por praticar juros ainda mais altos, como forma de compensar o alto risco que correm.
Para quem empreende, sem dúvida, fica muito difícil trabalhar neste cenário. A sensação é de que só é possível contar com recursos próprios para fazer qualquer coisa, como se não existisse a possibilidade de recorrer ao crédito.
Nesse sentido, o surgimento de mais concorrência no segmento financeiro é algo muito positivo, já que ajuda a diminuir a concentração bancária (altíssima no Brasil por tradição).
Com a chegada de bancos digitais, fintechs, cooperativas e mais opções de empresas oferecendo crédito, é possível que mesmo com o spread bancário elevado as políticas de crédito se amenizem diante da maior oferta de produtos.
Tem spread bancário na Cora?
A Cora é uma conta digital exclusiva para PJ que foi projetada para libertar quem empreende de taxas abusivas e burocracias. Atualmente, não oferecemos nenhum tipo de investimento ou empréstimo, por isso não existe spread bancário por aqui.
No entanto, nossos clientes podem ter acesso a um cartão de crédito com limite, o que é também uma das modalidades de crédito possíveis e praticadas no mercado. Dessa forma, é necessário realizar uma análise de risco de crédito sempre antes de decidir se vamos liberar ou não um cartão para quem tem interesse nele.
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Como ainda estamos conhecendo o perfil dos nossos clientes, optamos por adotar, por enquanto, uma política mais conservadora, para oferecer crédito de forma responsável para as duas partes.
Assim, se você quiser entender por que o seu cartão de crédito Cora ainda não foi aprovado, é só clicar aqui.
E se ficou se perguntando como a Cora ganha dinheiro mesmo oferecendo serviços gratuitos e sem ter um spread para “ajudar” no seu lucro, é só clicar aqui.
Leia também | Como ganhamos dinheiro sem cobrar por boletos e transferências?
E não se esqueça: enquanto você não tem seu cartão Cora, aproveite para utilizar todos os nossos serviços gratuitos, como:
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Agora que você já sabe o que é spread bancário e como ele afeta o seu bolso, aproveite para conhecer um pouco melhor os serviços que a Cora oferece às pessoas empreendedoras por meio da nossa conta PJ e conferir outros conteúdos em nosso blog.
Até a próxima e bons negócios!