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Conheça os principais tipos de amortização e saiba como funcionam 

25 de março de 2025
tipos de amortização

Quem já contratou ou está pensando em contratar algum tipo de crédito, como financiamento de casa e carro, ou alguma outra modalidade de empréstimo de longo prazo, precisa conhecer quais são os tipos de amortização que existem.

Isso porque a amortização é a forma mais rápida de finalizar o pagamento de uma dívida, seja antecipando as parcelas com aportes, seja pagando mês a mês a conta e reduzindo, aos poucos, o valor de um crédito, até pagá-lo completamente. 

Neste conteúdo, vamos apresentar os principais tipos de amortização disponíveis no mercado de crédito, além de mostrar quais são as diferenças entre eles e quando cada um pode ser mais vantajoso para o consumidor.  

Aproveite para entender também por que é interessante amortizar dívidas de crédito e quando não vale a pena. E veja como saber o que vale mais a pena na hora de fazer a amortização: reduzir o valor da prestação normal ou diminuir o prazo total de pagamento da dívida. 

Vamos lá?

O que é amortização? 

Amortização é o processo de redução gradual de uma dívida, como empréstimos ou financiamentos. Esse processo ocorre por meio do pagamento das parcelas, que incluem uma parte destinada a diminuir o saldo devedor.

De forma simples, amortizar significa diminuir a quantia que uma pessoa, física ou jurídica, deve. Os pagamentos podem ser realizados conforme o prazo estipulado no contrato ou de maneira antecipada.

Ao pagar as parcelas de um financiamento ou empréstimo, você está amortizando uma parte do montante devido. Além disso, a antecipação de pagamentos é uma possibilidade que permite quitar a dívida mais rapidamente e, muitas vezes, pagar um valor total menor devido à redução nos juros acumulados.

Muitas vezes, o termo “amortização” está associado justamente a essas estratégias de antecipação, que ajudam a reduzir o prazo de quitação ou o custo final da dívida.

Como funciona a amortização 

Antes de conhecer os tipos de amortização que existem, é importante entender que um financiamento ou empréstimo é composto de quatro partes:

  • Valor principal, que a pessoa pegou emprestado, junto com os custos operacionais;
  • Taxa de juros, que remunera o banco pelo risco da operação;
  • Saldo devedor, valor total do empréstimo, já acrescido de juros;
  • Prestações do saldo devedor, os valores pagos mensalmente. 

 

Na amortização, o pagamento antecipado das parcelas diminui o saldo devedor. Isso, por sua vez, pode levar à redução do prazo total do empréstimo e, em alguns casos, até à diminuição da taxa de juros aplicada, dependendo das políticas da instituição financeira.

Tipos de amortização

No Brasil, os principais sistemas de amortização utilizados são o SAC (Sistema de Amortização Constante) e a Tabela Price. A diferença entre os dois está na forma de cobrança dos juros, o que  influencia no valor total pago. 

Confira como funciona cada um dos sistemas e conheça outros tipos de amortização disponíveis no mercado. 

  • Sistema PRICE

O Sistema PRICE, ou tabela PRICE, é caracterizado por parcelas de valor fixo ao longo de todo o período do financiamento. 

No início, a maior parte da prestação é composta pelos juros, enquanto a amortização do saldo devedor é proporcionalmente menor. Com o passar do tempo, conforme o saldo devedor diminui, a amortização ganha mais relevância dentro da parcela.

Uma vantagem desse método é a previsibilidade, já que todas as prestações têm o mesmo valor.

Além disso, as primeiras parcelas tendem a ser mais baixas, o que pode facilitar o orçamento inicial. No entanto, os juros totais pagos durante o financiamento tendem a ser mais altos devido à amortização reduzida nos primeiros pagamentos.

  • Sistema de Amortização Constante (SAC) 

No SAC, a amortização é fixada em um valor constante para cada parcela. Isso faz com que os valores iniciais das prestações sejam mais altos, pois incluem a amortização fixa e os juros sobre o saldo devedor. 

No entanto, as prestações vão diminuindo gradativamente, já que os juros passam a incidir sobre um valor principal menor.

Esse método permite uma redução mais rápida do saldo devedor, tornando os juros totais pagos inferiores aos do Sistema PRICE. 

Além disso, quando o consumidor consegue antecipar parcelas, a economia no valor total da dívida pode ser ainda maior.

O SAC é ideal para quem busca aliviar o impacto financeiro com o passar do tempo, já que as prestações vão ficando menores.

Outros tipos de amortização

Além dos métodos mais conhecidos de amortização, existem alguns formatos menos comuns que podem ser usados em situações específicas de financiamento. São eles:

  • Sistema de Amortização Misto (SAM)

O Sistema de Amortização Misto combina aspectos do SAC e da tabela PRICE, resultando em prestações que representam a média entre os dois métodos

As parcelas não possuem valores fixos como no sistema PRICE, mas sua variação ao longo do financiamento é mais moderada do que no SAC.

Esse modelo é frequentemente aplicado em financiamentos imobiliários que seguem as normas do Sistema Financeiro Habitacional (SFH). 

Sua principal vantagem está em oferecer prestações iniciais menores do que as do SAC, com juros inferiores aos do sistema PRICE.

  • Sistema Americano de Amortização (SAA)

No Sistema Americano, o financiamento pode ser quitado de duas formas:

a. Pagamentos periódicos de juros e o saldo principal na data de vencimento;
b. Quitação integral no final do contrato, com os juros sendo acumulados durante todo o período.

Esse método é pouco utilizado no Brasil, sendo mais comum em situações específicas em que o devedor espera receber uma quantia maior em determinado prazo para liquidar a dívida.

  • Sistema de Pagamento Variável (SPV)

Como o nome sugere, o Sistema de Pagamento Variável é flexível e ajustado de acordo com a capacidade financeira do devedor. A única exigência é que os juros sejam pagos ao término de cada período estipulado.

Um exemplo popular desse sistema é o rotativo do cartão de crédito. Nesse caso, cada instituição financeira define um valor mínimo para a fatura, que já inclui os juros acumulados no mês.

Leia também | Como antecipar o pagamento da fatura do cartão de crédito? Vale a pena?

Principais diferenças entre os tipos de amortização

Em linhas gerais, os diferenças entre os sistemas se referem ao saldo devedor amortizado e ao valor das parcelas:

    • SAC: parcelas com valor decrescente e amortização fixa;
    • Tabela Price: parcelas com valor fixo e amortização crescente;
    • SAM: parcelas não são fixas, mas a variação é menor que no SAC e as amortizações e juros são equilibrados; 
    • SAA: pagamento periódico apenas dos juros, com o valor principal (saldo devedor) quitado integralmente no final do contrato;
    • Sistema de Pagamento Variável: parcelas variáveis, desde que os juros sejam quitados ao final de cada período.

Quando cada tipo de amortização pode ser mais vantajoso

Confira a tabela para saber quando aderir a cada tipo de amortização: 

 

Tipo de Amortização Quando é mais vantajoso
SAC (Sistema de Amortização Constante) Quando o objetivo é pagar menos juros no total. Ideal para quem tem folga no orçamento para lidar com prestações iniciais mais altas.
Tabela Price Quando é necessário ter parcelas fixas e previsíveis ao longo do financiamento. Indicado para quem possui orçamento limitado no início.
SAM (Sistema de Amortização Misto) Para quem busca uma opção intermediária entre SAC e Price. Ideal em financiamentos imobiliários dentro das regras do SFH.
SAA (Sistema Americano de Amortização) Quando há expectativa de receber uma grande quantia no futuro para quitar o saldo devedor. Útil em financiamentos de curto prazo.
Sistema de Pagamento Variável Ideal para quem tem renda instável e precisa adaptar as prestações à sua capacidade financeira. 

Amortizar prazo ou  prestação: qual vale mais a pena? 

A resposta para essa pergunta é “depende”. De forma geral, amortizar prazo é mais vantajoso. Isso porque, ao adiantar as parcelas, a pessoa deixa de pagar juros (o preço do “aluguel” do dinheiro por um período de tempo).

No entanto, a resposta sobre qual das duas situações vale a pena é “depende” porque nem sempre o mais interessante para o devedor naquele momento é reduzir o tempo e o valor do crédito final. 

Muitas vezes, a urgência momentânea é diminuir o valor despendido mensalmente, ou seja, diminuir o consumo de recursos financeiros mensal para que seja possível equilibrar as contas em um momento de descompasso. 

Nesta hipótese, a amortização de prestação seria muito bem-vinda, pois traria alívio imediato ao bolso do consumidor. 

Para tomar essa decisão, é interessante organizar as contas, fazer simulações, conversar com um gestor financeiro e, então, tomar a decisão. Caso os desembolsos mensais não estejam pesando no orçamento, sem dúvida, amortizar o prazo vai valer mais a pena. 

Mas é interessante amortizar dívidas de crédito? Quando não vale a pena? 

Parece “loucura” dizer que nem sempre amortizar as dívidas de crédito é interessante, certo? Mas sim, em alguns casos, vale mais a pena seguir com os pagamentos mensais até o fim do contrato, sem qualquer aporte que antecipe o pagamento. 

Confira os dois cenários: 

Quando é interessante amortizar dívidas

  • Para reduzir o pagamento de juros altos;
  • Melhorar seu fluxo de caixa;
  • Economizar no longo prazo;
  • Ao receber recursos financeiros extra (bônus, herança, restituição do imposto de renda).

Quando não vale a pena amortizar dívidas

  • Se a dívida possuir taxas de juros muito baixas e fixas (pode valer mais a pena usar os recursos extras para investir em aplicações que rendam mais do que os juros cobrados);
  • Quando não se possui uma de reserva de emergência para imprevistos;
  • Quando a pessoa tem mais de um crédito tomado, com juros mais elevados (a prioridade deve ser usar o recurso extra para quitar as dívidas mais caras e não amortizar uma com juros baixos);
  • Ao receber descontos ou benefícios ao manter a dívida, como dedução de imposto de renda ou outros benefícios.

Agora que você já conhece os tipos de amortização que existem, aproveite para entender o que são, como calcular e como fugir dos juros abusivos.

Até a próxima!

Por Equipe Cora
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